O que eu, ele e nós consumimos na quarentena?

Leonardo Reis
Lab. 0603
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2 min readNov 19, 2020

COLUNA_

A aglomeração das grandes cidades tornou- se uma utopia na situação atual do mundo. O vai e vem de pessoas e produtos modificou-se e passou a ser digital, migrou para a vida online. No entanto, falar de consumo em tempos de pandemia não é fácil, pois o “impulso” se tornou ainda maior e preocupante. Apesar das perdas econômicas, dados mostram que 86% da população brasileira segue aceitando o isolamento social, de acordo com a pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Um fator que se deve levar em conta é a produção de lixo. A quantidade de papel, plástico e metais, além dos resíduos contaminantes como o sabão ao lavarmos as mãos contra o novo coronavírus. De acordo com a Associação Internacional de Resíduos Sólidos no Brasil (ISWA) mostrou que a geração de resíduos nas residências diminuiu cerca de 7,25%, no mês de abril, isso em comparação ao mesmo período do ano passado.

A pesquisa foi realizada com empresas de limpeza urbana e que atuam no Brasil. Por enquanto esses são os dados que se encontram com a atual situação, mas, a produção pode ser amplificada com o aumento do consumo de alimentos e produtos entregues online que geram mais resíduos.

Esse hábito de compra online pode permanecer? Não em grande escala. Os bens mais consumidos são entretenimento, limpeza e macarrão. Sim! Macarrão, esses produtos estão de acordo com a revista Exame que publicou que itens como gamers, sabão e macarrão estão vendendo mais.

Outros produtos que podem ser estendidos a suas procuras são os calçados e as roupas (CNI), as pessoas querem mudar de estilo e viajar, a concentração da produção têxtil irá alavancar e fomentar mais resíduos descartados em sua cadeia produtiva após a flexibilização do isolamento.

Para esclarecer um ponto importante na geração de lixo que se agravou na quarentena são os microplásticos. Microplásticos são pequenos fragmentos de plásticos espalhados pelo meio ambiente. De acordo com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA), os microplásticos entram em ecossistemas naturais de uma variedade de fontes, incluindo, cosméticos, roupas e processos industriais.

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Leonardo Reis
Lab. 0603

Jornalista e fotógrafo em formação, Horizontino e periférico.