Estudantes relatam casos de assaltos nas adjacências da Ufam em Manaus
Por Emanuelle Lopes, Gabriela Alves, Gabriela Maciel e Mariley Paloma, especial para o Lab F5.
Assaltos freqüentes no campus e nas proximidades da UFAM chamam atenção para um dos principais problemas enfrentados na Universidade: a falta de segurança.
Nos últimos meses, a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) tem sido alvo freqüente de assaltos devido a falta de iluminação, de vigilância e profissionais treinados, os quais são alguns fatores que contribuem para o aumento de assaltos no campus da universidade, coletivos e adjacências.
A aluna Tifany Souza do curso de Arquitetura, que sofreu uma tentativa de assalto durante o período da tarde, descreve o ocorrido: “Um homem entrou no 616 no Terminal 2 [localizado no bairro Cachoeirinha], daí umas três paradas depois ele começou a pegar o celular de quem tava com fone (e eu estava com o fone). Quando chegou a ‘minha vez’, o cara pediu pra eu abrir a bolsa e o ônibus parou e ele teve que descer.’’
A situação se repete também em outros turnos, refletindo que não se tratam de casos isolados, mas sim acontecimentos rotineiros. Um exemplo disso é o número reduzido de vigilantes que trabalham no período noturno, o qual é cenário para a maioria das ocorrências. Andrew Braga, estudante de Ciências Econômicas, relata como foi assaltado:
‘’Em frente a UFAM, 20:25 (olhei no relógio segundos antes), eu havia acabado de descer do Integração e estava atravessando a faixa de pedestre, quando uma moto me abordou, dois rapazes altos, magros e nervosos me abordaram. O garupa colocou a arma na minha cabeça enquanto o outro apontava para a minha barriga, pediram que passasse tudo, não hesitei e entreguei minha mochila. Me empurraram e quando me localizei saíram em extrema velocidade levando meu relógio’’.
Uma das principais críticas feitas pelos funcionários e alunos da universidade é o fato de que o número reduzido de vigilantes não são devidamente treinados e não estarem a disposição de defender o aluno em si, mas o patrimônio.
‘’Realmente a reitoria precisa se posicionar sobre esse assunto, chegou a um nível que não podemos mais recuar e ser intimidados, precisamos ver possibilidades de mudanças no campus, porque assim não podemos continuar ou chegaremos a um dia de ver um docente ou discente sendo ferido gravemente ou pior, sendo morto.’’, completou Andrew.