Lab F5 discute Direitos Humanos

Jéssica Botelho
LabF5
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3 min readJul 29, 2016

por Pâmela Baltazar, com fotos de Reinaldo Okita e edição de Jéssica Botelho

O direito é uma consequência da sociedade”, dessa forma o juiz da Vara de Execução Penal (VEP) Luis Carlos Valois norteou a conversa sobre Direitos Humanos, que contou com a participação de estudantes dos cursos de Jornalismo e Relações Públicas da Ufam e integrantes do coletivo Jornalistas Livres na última sexta-feira, 22.

O que são os Direitos Humanos?

O termo Direitos Humanos surgiu após a Segunda Guerra Mundial com a Declaração Universal de Direitos Humanos que serviu de base para a fomentação da ONU, Organização das Nações Unidas. No preâmbulo e no Artigo 1.º, a Declaração evoca os direitos inerentes de todos os seres humanos:

“O desconhecimento e o desprezo dos direitos humanos conduziram a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade, e o advento de um mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem. Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”.

É importante salientar que os Direitos Humanos nasceram sob a prerrogativa de igualar todos os homens e ao longo dos anos ele tem se conceituado como uma construção ideológica, “servido de nomenclatura de diversos direitos, uma concessão dentro da sociedade opressora”, disse o juiz Valois. Dessa forma, procura-se defender os direitos do outro e tomar cuidado com a sua desumanização. Para Valois:

“Direitos Humanos se conceitua pela dificuldade das pessoas de lutar pelos seus direitos. O direito que, sozinho, o indivíduo não tem poder de conseguir”

Direitos Humanos como pauta

A pauta de Direitos Humanos, em geral, é esquecida pela imprensa tradicional. Por isso, de acordo com Andrés Pascal, membro do Jornalistas Livres, o coletivo surgiu “para atender a demanda de jornalistas que se incomodaram com o direcionamento das coberturas”.

Para a equipe de Jornalistas Livres presentes na conversa, a proposta principal do coletivo é “trazer outra narrativa e outra prerrogativa da informação”, assim destaca o jornalista Jorge Eduardo Dantas.

Jornalistas Livres é um coletivo nacional composto por jornalistas que saíram de grandes empresas de jornalismo e tomaram a decisão de cobrir pautas que dificilmente eram divulgadas por estes conglomerados da notícia e quando expostas apresentavam sempre o mesmo viés. Para isso, o coletivo procura trabalhar com “as novas formatações do campo jornalístico e tomando como pauta principal os Direitos Humanos”, contou a jornalista Macarena Mairata.

Além dos estudantes de Jornalismo, alunas e alunos da disciplina Comunicação Comunitária de Relações Públicas participaram da conversa

Sendo assim, o Jornalismo entra para evocar a realidade em constante transformação. Tendo como função atuar na construção de linguagem, seu compromisso está entrelaçado “em levar a verdade até onde puder, mesmo que não seja publicado”, disse Andrés Pascal. Levantando ainda a indagação do que se pode fazer para mudar a roupagem do Jornalismo sem perder seu feeling. A reposta pode estar em observar como a Comunicação se integra aos Direitos Humanos, como bem observou a professora de Relações Públicas Laura Jane.

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