Segurança na UFAM: Problemas versus soluções

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3 min readJun 27, 2016

Por Alexandre Abreu, Railson Rocha, Larissa Cavalcante, Sebastian Roa, Vivaldo Lopes, Lívian Rebeca, Samara Souza e Bruna Santos, especial para o Lab F5.

Ultimamente a Universidade Federal do Amazonas (UFAM) vem sofrendo graves críticas e ganhando manchetes de jornal por problemas em sua segurança interna: casos de assédio sexual, roubos aos seguranças e até assaltos em ônibus. A equipe do Lab F5 foi em busca de respostas que esclarecessem tais acontecimentos. Alguns setores da instituição foram procurados, tais como a Divisão de Segurança e a Prefeitura do Campus Universitário.

Professor Atlas Bacelar, prefeito do Campus Universitário

Entrevistamos o professor Atlas Augusto Bacelar, prefeito do Campus, que forneceu informações e explicou como funciona a segurança interna da Ufam, uma vez que houve agravo de assaltos e agressões nas dependências da Universidade. Para o prefeito, esse é um problema grave e tem como fundamento a própria sociedade que passa por crise em diversos setores, principalmente o desemprego. “Quando nós tínhamos uma situação financeira boa no país, a taxa de criminalidade diminuiu. Ou seja, quando tem atividade, a criminalidade cai muito. Só que no momento atual do desemprego alto, sobretudo de jovens entre 18 e 25 anos, com 50% de desemprego”.

O corte de verbas da União prejudicou diretamente a segurança. O recurso direcionado foi de R$ 9 milhões, representando 20% a menos no orçamento anual. Entretanto, de acordo com o prefeito, “o dobro desse valor seria o mínimo”. Essa verba também é destinada a todas as unidades acadêmicas em Manaus, como o Centro de Artes da Universidade Federal do Amazonas (CAUA), Museu do Norte, Faculdade de Medicina e Faculdade de Odontologia.

O Campus Senador Arthur Vírgilio Filho, situado no bairro do Coroado, em Manaus, possui uma área de 6 milhões de metros quadrados e é de livre acesso. Além disso, é entrecortado por diversas trilhas. De acordo com Atlas, já foram feitas campanhas de conscientização sobre os perigos de usar as trilhas fora de atividades acadêmicas, porém, não foram efetivas. “É difícil você conseguir controlar. Temos no Campus muitas trilhas”, informa o diretor.

Muitas das denúncias que chegam à segurança são falsas e isso dificulta a tomada de medidas sobre os ocorridos. Uma das soluções encontradas foi colocar câmeras na entrada para identificar placas de carros e motos que entram e outras câmeras situadas em lugares estratégicos. Outra medida adotada foi colocar seguranças a paisana nos ônibus da linha Integração — que roda gratuitamente no Campus — para inibir os assaltos nesses coletivos.

Em contato com o chefe dos vigilantes, Orlando Rodrigues, fomos informados de que os mesmos tem atuado em forma de rodízios, onde a cada dia são posicionados em postos diferentes, no quais realizam rondas. Desse modo, “há uma visualização melhor [da área], porque o vigilante passa a conhecer todos os setores do campus”, explica.

Mesmo que o número de incidentes tenha crescido, o quadro de funcionários da empresa contratada para prestar serviços de segurança nas dependências da Ufam foi reduzido. Questionado sobre tal situação, Orlando salientou que “em relação à redução, os que ficaram, a gente continua fazendo o mesmo serviço, dando o mesmo suporte”. A quantidade atual é de 33 vigilantes terceirizados, 4 motos de apoio e 2 carros responsáveis por vigiar os setores Norte e Sul do Campus. A segurança da Ufam é realizada majoritariamente por empresa terceirizada, e a segurança direta da Universidade é responsável pela orientação e pelo suporte à empresa, atuando em conjunto e 24 horas por dia.

Denúncias

Em caso de ameaça à segurança da comunidade universitária da Ufam e de seu patrimônio, assim como ocorrências de furtos, roubos e agressões no interior do campus devem ser informadas à Divisão de Segurança por meio dos números: 99152–6980; 99132–8271; 3305–4210.

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