Como criamos uma logotipo do zero em apenas uma tarde.

Diogo Kugler
Labbs
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5 min readFeb 2, 2018

Todo semestre na faculdade de Design Gráfico temos o desafio de desenvolver um projeto que pode ser um quadrinho, um site ou até a editoração de uma revista. Para o semestre passado tivemos o desafio de redesenhar a logo de alguma empresa do ramo alimentício aqui de Brasília.

Éramos quatro colegas de classe que apesar de já desempenhar algumas atividades no ramo de Design, nunca tínhamos feito um trabalho do tipo. E para esse trampo nós até já estávamos construindo algo durante as aulas do projeto, mas não estávamos satisfeitos com o resultado. Assim, decidimos na última semana jogar tudo fora e começar do zero.

Utilizando alguns processos criativos do Behance como inspiração e com uma deadline de apenas uma tarde, construímos um planejamento divido em 6 etapas e saímos com um resultado bem bacana que resultou em uma nota 10 na matéria.

Vem com a gente!

Fase 1: Entender o Cliente

Logo Antiga

A empresa escolhida foi a Ateliê Docevi, confeitaria que faz doces finos para eventos. Aplicamos um formulário para entender melhor a missão e os objetivos da empresa, para assim decifrar a sua Proposta de Valor:

Levar ao seus clientes momentos únicos e especiais por meio dos seus docinhos finos e artesanais de sabor inigualáveis e de alta qualidade.

Entender a Proposta de Valor da empresa é importante, uma vez que ela transmite qual o principal valor que será entregue aos clientes. Assim, uma logo deve refletir e carregar essa mensagem.

Fase 2: Brainstorm

Pessoal focado no brainstorm

Com o entendimento da empresa e sua Proposta de Valor, partimos para a fase de pesquisa e inspiração. Para esse kick-off, começamos com um brainstorm entre os integrantes para descobrir algumas palavras que definem a empresa.

Utilizando post-its e um tempo de 5 minutos, cada integrante escrevia as palavras que mais refletiam a empresa na sua percepção. Após essa fase, espalhamos os post-its e cada integrante tinha direito a votar em até 5 palavras, suas ou dos outros integrantes. Depois, separamos as que receberam pelo menos um voto e através do consenso chegamos nas três palavras abaixo:

Elegância — Fascinante — Artesanal

Fase 3: Moodboard

Aqui finalmente chegamos na parte de inspiração. Utilizando o Pinterest, e as palavras escolhidas na fase anterior em português e inglês, criamos um moodboard para cada uma. Os moodboards foram pastas enormes no Pinterest, mas abaixo você confere alguns exemplos de imagens que usamos:

Fase 4: Conceito e Símbolo

Após a fase de pesquisa e inspiração, era hora de botar a mão na massa. Para cada moodboard deveríamos desenhar ou encontrar símbolos/objetos que os representassem. Essa foi uma das partes mais difíceis, porque alguns tinham mais facilidade em desenhar, e outros, como eu, não. Então enquanto alguns só desenhavam, outros se dividiam entre rabiscos mal feitos e pesquisa na internet.

Outro ponto é que foi uma fase que iriamos resolver em pouco tempo, mas na verdade foi a que demorou mais! Entramos nela as 16h horas e ficamos até as 19h.

Rabiscos e mais rabiscos

Mas no final, decidimos quais símbolos iriam representar cada moodboard:

Com isso, criamos um símbolo que tem um pouco de cada item isolado:

Está quase!

Fase 5: Cor e Tipografia

Essa parte foi a mais tranquila, uma vez que após todo esse trabalho mental na parte de inspiração com os moodboard e criação do símbolo, já tínhamos uma ideia de como seria a própria logo -alguns até já estavam rabiscando ela. Assim, só nos restava definir as cores e tipografias que iriamos utilizar.

Utilizando dois monitores, uma com os moodboards e outra com o Adobe Color CC, chegamos as duas cores básicas da nossa logo:

Para a tipografia, fomos com o MyFonts:

Fase 6: Finalização

Com todos esses elementos definidos, e utilizando alguns rabiscos de como já imaginávamos a logo, só nos restava juntar, alinhar e ajustas as proporções. E com isso, depois de uma tarde bem produtiva, tínhamos uma primeira versão:

Finalmente pronta! o/

Durante os dias seguintes ajustamos alguns pontos com a sugestão dos professores, criamos toda a identidade visual, manual da marca e pitch de apresentação.

O resultado: nota 10 — literalmente.

E mais que a nota, também aprendemos bastante a importância de um processo criativo e como ele ajuda a focar e abuscar inspiração para a construção de algo. Aprendemos também a lidar com a ansiedade e que, neste caso, partir direto para o resultado final não seria o melhor caminho.

O processo que fizemos pode ser melhorado, claro. Um exemplo é que não contamos com a fase de sketch de algumas propostas entre a fase 5 e 6. Mas para um tarde de domingo, está ótimo! ;)

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Diogo Kugler
Labbs
Editor for

Associate at Labbs — Banco do Brasil for Internal Corporate Venture, Backpacker, Nerd and Cancerian.