LABootcamp: o design e sua importância entendida por todos

J1 V Silva
LABHacker
Published in
4 min readFeb 10, 2020

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Lá em dezembro quando a equipe técnica do LAB se desafiou em, apenas um mês, alinhar, aprender e explorar novas tecnologias, recebi a missão de desenhar um aprendizado de duas semanas em design — não só gráfico e de produto digital, mas também como mindset — para não-designers (servidores, desenvolvedores, estagiários de comunicação e também visitantes de diversos setores da Câmara). Vendo de hoje, foi um desafio e tanto, mas o objetivo foi definitivamente cumprido.

Nesse texto, explico um pouco de como foi essa experiência, o que aprendemos e também já te dou uns links de lugares para aprender mais. Let’s go?

2 semanas: do básico ao específico

Como pontapé inicial para nossa jornada em design, escolhi o documentário Design Disruptors da InVision (2015) e o episódio da série Abstract: Ian Spalter (2017) para apresentar o valor do design nos ambientes corporativos de empresas como Google, Apple e Instagram. Mesmo não sendo tão recente, o documentário apresenta boas perspectivas e compartilha experiências relevantes. Tanto que, após a sua exibição, foram discutidas aplicações dos processos apresentados no filme para o nosso contexto tão complexo e específico.

A partir daí, com todo mundo entendendo a importância, imergimos para aprender itens como: ABC do design, com termos e conceitos; as diferenças entre design de serviço, produto, UX e UI; e conceitos de cor, tipo, contraste.

Esses momentos foram primordiais para alinhar a linguagem usada no desenvolvimento de projetos. Era comum aqui no LAB eu falar em protótipo e o (a) gestor (a) entender que eu estava me referindo a um mockup, por exemplo.

Protótipo x Mockup: Protótipo são modelos funcionais (seja de baixa ou alta fidelidade) de soluções que ainda estão em desenvolvimento e que precisam ser testadas antes do seu lançamento final. Já mockups são apresentações visuais do produto final para clientes ou investidores, diferente do protótipo, não são necessariamente interativos.

Depois da palestra com o ABC, surgiu a ideia de criarmos, internamente, um glossário (de design e desenvolvimento) para ser um recurso acessível quando surgirem dúvidas. Ainda não começamos, mas até lá, se você quiser acessar o glossário apresentado no talk, é só clicar aqui, boa parte dos conceitos vieram desse site da InVision super maneiro. 😉

Partindo para assuntos mais específicos, também fiquei responsável de apresentar o que é e como funciona um Design System, além de métodos para um design centrado no usuário, assuntos essenciais para os projetos que desenvolvemos aqui no LAB. Foi muuito maneiro ver que, mesmo nesses assuntos mais particulares ao meu trabalho, toda a equipe técnica (desenvolvedores) e também servidores (internos e externos) acompanharam as palestras e entenderam a importância de alguns processos. ❤

Mas, como um laboratório que ainda está aprimorando seus processos dentro do design, alguns temas como acessibilidade e ergonomia na web requisitaram convidados externos. Por isso, recebemos os servidores Mauricio Agostinho e Roberta Rabay para esse talk.

Além deles, também recebemos a Emillie Caterine, designer do projeto Virada Digital, que apresentou com muita energia a experiência o redesign do portal da Câmara, hoje um dos maiores projetos de design da casa.

Mas nem só de palestras vive um bootcamp, né?

Definitivamente não (ufa!). Nessas duas semanas de design, durante a tarde, tivemos oficinas e workshops que foram abertas a todos, sem necessidade conhecimentos prévios (além dos que foram apresentados no próprio bootcamp). Já no final, realizamos um hackathon, mas desta vez apenas para a equipe do LAB.

Para contar todos os detalhes dessas atividades, decidi escrever um texto a parte que sairá por aqui muito em breve, enquanto isso, é hora de contar um pouco dos resultados dessas semanas de design.

Ao infinito e além

O LABootcamp definitivamente foi uma das apostas que deu certo. Em um time que, atualmente, só tem um designer alocado (esse que vos fala), alinhar a equipe entre gestores e técnicos e apresentar processos que precisam ser incorporados no dia a dia da organização foi um dos pontos altos desse projeto.

Uma equipe que entende a importância do design e como ele nos ajuda a projetar ferramentas e iniciativas mais assertivas às necessidades dos usuários, é um dream team.

Para a segunda edição do LABootcamp, seja esse ou no próximo ano, com a equipe já alinhada (e espero que com mais designers), acredito que teremos mais espaço para investir em atividades sobre novas tecnologias e processos, não só de design, mas também de assuntos que envolvem inovação, colocando o LAB em um nível de vanguarda dentro do parlamento brasileiro.

Mas se você leu esse texto e ficou na dúvida se deve ou não fazer um bootcamp na sua organização, seja de design ou desenvolvimento, a resposta é: SIM. Mapeie seus objetivos com o projeto e boa sorte 🤜 🤛

Até mais!

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J1 V Silva
LABHacker

Sr. Product Designer at QuintoAndar / Creative director / Community Advocate at Figma / Producer / Latin / Queer and Kart driver