Nós do Lab: colaboração e inovação em debate
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Um grande debate sobre premissas colaborativas e ações das instituições públicas para estimular a inovação e a participação social foi realizado no LabHacker no último dia 30. Com o nome “Nós do Lab: amarrando as ações do Laboratório Hacker da Câmara dos Deputados”, o evento contou com a presença de especialistas de todo o País, que vieram trocar ideias sobre boas práticas de laboratórios cívicos e instituições públicas, voltadas à transparência e à participação da sociedade nos processos. Além de reencontrarmos velhos parceiros, o dia foi excelente para renovar nossas expectativas por um futuro com instituições mais abertas e conectadas aos cidadãos.
Na parte da manhã, os convidados falaram sobre suas experiências e apresentaram sugestões para a criação de um ambiente inovador e colaborativo, usando a metodologia do Aquário para dinamizar o debate. Entre os pontos que mais empolgaram, está a necessidade de as instituições públicas pensarem em modelos de projetos sustentáveis a longo prazo, mas sem perder a continuidade; de prover a estrutura de hospedagem e dados abertos, muitas vezes absorvendo os projetos; e ainda de testar iniciativas em formato de piloto, antes de aplicar em escala. O incentivo à participação de pequenos players nas licitações — quebrando mais esses processos e diminuindo as exigências — também foi uma ideia amplamente apoiada pelo pessoal, assim como a necessidade de priorizar o financiamento de pequenos projetos e equipes autônomas. E teve muito mais!
À tarde, o foco da conversa foi sobre a participação social: como gerar engajamento e atrair para o debate cívico a atenção de novos interessados. O grupo foi dividido em quatro mesas diferentes, dentro da metodologia World Café, e as conclusões foram muito bacanas! O pessoal, preocupado com a efetividade no resultado da participação, sugeriu feedbacks parciais aos envolvidos — cidadãos e gestores públicos — durante todo o processo. Para garantir o engajamento, também foi pensada a criação do selo de mandato aberto (aos deputados mais atuantes) e de um sistema de recompensas para os cidadãos, incluindo prêmios e relevância maior na participação. Mapeamento de hubs em redes sociais para uma divulgação mais efetiva, integração de plataformas e login, participação cívica divertida (gamificação)… e não para por aí! Melhor você conferir a lista inteira das sugestões interessantes de como conseguir mais colaborações no debate público.
As discussões foram tão produtivas que a gente precisou de alguns dias para organizar todo esse material e refletir sobre como aproveitar de maneira mais efetiva os potenciais do nosso laboratório. Com a cabeça a mil, pensando nas novas possibilidades. Mas também com o pé no chão, conscientes de que houve um amadurecimento das perspectivas da colaboração cívica.