O Lab mudou? Essa é uma boa pergunta!
Em 1997, o psicólogo Arthur Aron revelou ao mundo um estudo fascinante que identificou 36 perguntas capazes de fortalecer qualquer relacionamento, desde amizades até romances.
Lembrei desse estudo quando recentemente o Laboratório Hacker mudou — não só de prédio, como também dentro da estrutura organizacional da Câmara dos Deputados. E lembrei porque, sabemos bem, toda mudança levanta perguntas daquele tipo estudado pelo Dr. Aron: perguntas capazes de impactar fortemente os relacionamentos.
Foi pensando nisso que decidi tentar responder algumas dessas perguntas nesse artigo. Para isso, selecionei três questões do estudo, imaginando como as responderíamos diante de alguns dos nossos parceiros, internos e externos.
Se você pudesse escolher qualquer pessoa do mundo, quem você iria querer como convidado para um jantar?
Para nós do Lab, a sociedade civil é mais do que um conceito: é a personificação de um parceiro ideal. E a boa notícia é que ela continuará sendo a principal convidada para toda e qualquer mesa à qual formos nos sentar.
O foco no cidadão, a transparência, a participação ativa e a promoção da cidadania são valores que foram reiterados e fortalecidos nas primeiras reuniões de alinhamento realizadas com a DITEC, a nova estrutura administrativa da Câmara da qual o LAB fará parte.
Podemos então afirmar com convicção que a sociedade civil continuará a compartilhar a mesa conosco, naquele conhecido banquete de ideias e inovações colaborativas que tanto nos acostumamos a degustar.
Há algo que você sonha em fazer há muito tempo? Por que ainda não o fez?
Ao longo dos seus 10 anos de história, o LABHacker sempre teve que lidar com a expectativa interna e externa de ver os bons projetos gerados colaborativamente por aqui se tornarem realidade.
Agora na DITEC, teremos a oportunidade de experimentar novas maneiras de fazer isso. Um dos caminhos é explorar as recentes modalidades de compra de inovação trazidas pela Lei das Startups.
Esse é um caminho que temos sonhado em trilhar já há algum tempo, mas nos faltava condicionantes institucionais que agora estão mais claras e disponíveis.
Para se ter uma ideia de como isso está acontecendo, já este ano, no mês de maio, realizaremos um evento sobre Tecnologias Emergentes e o Futuro da Participação, no qual uma das pautas será justamente entender melhor como colocar no mundo real novos produtos de interação institucional com a sociedade, por meio dos chamados contratos públicos de compra de inovação.
Talvez o nosso sonho de transformar os protótipos em produtos corporativos a serviço da sociedade nunca tenha estado tão próximo.
É claro, sabemos que materializar ideias em soluções concretas continuará sendo um desafio, mas seguiremos abraçando-o, agora com mais otimismo e possibilidades.
Diga a seu parceiro algo que você já gosta nele.
Até agora eu não disse o que significa essa sigla DITEC, né? Pois bem, significa Diretoria de Inovação e Tecnologia da Informação. Ou seja, agora fazemos parte da área da Câmara que cuida de toda a infraestrutura de tecnologia e informação institucional, e isso é algo que respeitamos e admiramos muito.
Além, é claro, de ser para nós do Lab um novo ambiente que nos abre a possibilidade de conhecer e interagir com uma ampla gama de projetos estratégicos em andamento, estar na DITEC nos dá também a oportunidade de agregar a visão da sociedade a esses mesmos projetos.
Se tem algo que gostamos na DITEC é essa capacidade incrível dos colegas em encontrar caminhos para os crescentes desafios que a Câmara enfrenta no dia a dia, buscando soluções nas mais recentes inovações, como IA, por exemplo, sem abrir mão do foco no cidadão.
Isso é algo que já gostamos muito no nosso novo parceiro.
E por fim, respondendo à pergunta do título deste artigo, se o Lab mudou, posso dizer que sim e não.
A parte do “sim” é que realmente o Lab mudou. Agora estamos no prédio do Anexo I da Câmara dos Deputados, no 23º andar, e passamos a fazer parte de uma nova estrutura administrativa na DITEC.
Mas, na essência, posso dizer que não, o Lab não mudou. As novidades que trouxe aqui, você já deve ter percebido, ao invés de promover alguma reorientação das ações do Lab, na verdade vão fortalecer a nossa vocação para trabalhar em projetos que envolvam a participação social, a transparência dos dados públicos e o fomento ao exercício da cidadania.
Também manteremos no foco do cidadão a nossa principal diretriz, que somada ao desenvolvimento colaborativo interno e externo constituem a espinha dorsal da nossa entrega de valor.
E, agora, tudo isso potencializado pelas novas possibilidades que se abrem com a nossa mudança de ares.
Eu sei que não respondi todas as perguntas possíveis. E, você sabe, não dá para fazer isso em um texto curto aqui no Medium. É por isso que este artigo é na verdade um convite: que tal vir até o Lab e tomar um café conosco?
Quem sabe você não traga perguntas novas, daquelas capazes de fazer o nosso relacionamento ficar ainda mais estreito?
Esperamos você.
