Fernanda Magnotta explica detalhes do processo eleitoral norte-americano
Especialista nos EUA conta ao Labjor FAAP os porquês e poréns das eleições no país e que influência têm sobre países como o Brasil
Lucas Iotti, Maria Júlia Giovanini, Rafael Bittar e Sabrina Antoun
As eleições norte-americanas quase acabaram: no dia 14 de dezembro de 2020, os 538 delegados se reúnem para legitimar a vitória do próximo presidente dos Estados Unidos. De acordo com os votos dos cidadãos estadunidenses, 306 delegados devem confirmar o resultado e declarar o democrata Joe Biden eleito presidente dos Estados Unidos, enquanto os outros 232 delegados representarão o desejo de que Donald Trump fosse reeleito. Biden e Kamala Harris — a primeira vice-presidente negra e de ascendência asiática dos EUA — assumirão o comando da Casa Branca em 20 de janeiro de 2020.
As eleições deste ano foram especialmente conturbadas, especialmente por causa da personalidade explosiva de Trump. O republicano não deixou em nenhum momento de contestar o resultado das urnas. Sem nenhuma prova, o atual presidente também tem continuamente afirmado, em suas redes sociais, que o processo eleitoral foi fraudado. “Eu ganhei as eleições”, escreveu em seu perfil no Twitter em 16 de novembro de 2020, quando os resultados projetados pelas principais agências de notícia e meios de comunicação já declaravam a vitória de Biden. O post do presidente derrotado foi marcado com a notificação da rede social: “Fontes oficiais chamaram essas eleições de forma diferente”.
Para nós, brasileiros, é um tanto complicado compreender um processo tão demorado em que os eleitores podem votar pelo correio, pela internet e presencialmente. Além disso, é espantoso que a maior potência do mundo conte manualmente todos esses votos.
Por que o processo eleitoral dos EUA é tão complicado? Por que eles não adotam um sistema informatizado? Existe a possibilidade de Trump não entregar a presidência? Quais seriam as consequências se isso ocorresse? De que maneira as eleições americanas afetam o mundo e, especialmente, o Brasil? Os resultados da próxima eleição no Brasil também poderão ser impactados pela derrota de Trump?
O LabJor FAAP conversou com Fernanda Magnotta, especialista em política americana, para responder detalhadamente a todas essas perguntas. Doutora em Relações Internacionais, ela é professora e coordenadora do curso de Relações Internacionais da FAAP e atua como consultora da Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP). É autora do livro As ideias importam: O excepcionalismo norte-americano no alvorecer da superpotência (2016) e de vários outros capítulos de livros e artigos científicos.
Confira abaixo o vídeo de abertura da série Não paramos de contar e o primeiro vídeo da entrevista com Magnotta. E fique atento: de 10 a 14 de dezembro de 2020 teremos dois vídeos por dia no canal no Youtube do Labjor FAAP.
Veja abaixo a relação, dia a dia, de todos os vídeos que serão publicados:
10/12: Afinal, por que as eleições nos Estados Unidos são tão complicadas?
Clique nas datas abaixo para ver os outros vídeos da playlist!
10/12: Explicando a fama de “preguiçosos” dos democratas
11/12: Diversionismo: o que isso significa?
11/12: Risco de Guerra Civil nos EUA?
14/12: O que aconteceria se Trump se recusasse a entregar o cargo de presidente para Biden?
Lucas Iotti, Maria Júlia Giovanini, Rafael Bittar e Sabrina Antoun são alunos de Jornalismo da FAAP