PODCAST

EX-FOCA

Série de podcasts mapeia o cenário múltiplo e fascinante do jornalismo reunindo, em cada episódio, um profissional reconhecido e um estudante de Jornalismo da FAAP

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Crise ou oportunidade? De um lado, o modelo de negócio do jornalismo tradicional enfrenta problemas. De outro, multiplicam-se os campos de atuação do jornalista na sociedade. Sem abrir mão da característica central do ofício — a busca da verdade factual — , os jornalistas atuam hoje na imprensa tradicional e em ‘start ups’. Em vídeo, áudio, papel e formatos combinados. Em plataformas independentes, patrocinadas e ativistas. A série Ex-Foca mapeia esse cenário múltiplo e fascinante, reunindo, em cada episódio, um profissional reconhecido e um estudante de Jornalismo da FAAP. Os episódios exibem um mosaico vibrante e variado, condizente com a realidade atual da profissão.

O Ex-Foca é um podcast produzido pelo LabJor FAAP, em que estudantes de jornalismo entrevistam profissionais consolidados nas mais diversas áreas do mercado de jornalismo. Cada aluno é responsável por contatar o jornalista convidado, pensar, editar e produzir o episódio.

O programa foi idealizado e orientado pelos professores do Laboratório de Gestão de Carreira de Jornalismo da FAAP: Alvaro Bufarah, Ana Roberta Alcântara, Carlos Alberto Gomes de Souza, Isabel Cristina de Araújo Rodrigues e João Gabriel de Lima, além da coordenadora do curso de Jornalismo da FAAP, Edilamar Galvão.

O programa tem o apoio do Portal dos Jornalistas, que reproduz e repercute o conteúdo produzido em seus canais.

Episódio 1 — Natalie Gedra

Neste episódio, conectado com Londres, o Ex-Foca conversou com a jornalista esportiva Natalie Gedra, correspondente da ESPN na Inglaterra onde cobre a Premier League, campeonato de futebol inglês. Natalie se consolidou como uma das mais importantes correspondentes internacionais, já passou pela rádio CBN e Globo e também foi apresentadora dos esportes da TV Globo.

Desde 2016, cobre futebol na terra da rainha. Num papo produzido pelo aluno Giordano Pienegonda, com direção do professor Carlos Gomes, a ex-foca convidada deste episódio falou sobre carreira jornalística, dificuldades de ser repórter em campo, espaço das mulheres na profissão, diferenças entre o cotidiano na televisão e no rádio e muito mais.

“O rádio é uma grande escola e eu fico muito feliz que tenha começado no rádio. Eu fiquei dois anos e meio na Rádio Globo, e foram dois anos e meio muito intensos. Não só porque eu trabalhava muitas horas, mas essa coisa do ao vivo te ensina muito. Quando eu fui para a TV, fiz um primeiro teste e depois me falaram: ‘Olha, a gente queria que você voltasse e fizesse o segundo’. Eu pensei: ‘Nossa! Ferrei o primeiro teste’. Mas, na verdade, quiseram que eu voltasse porque me ouviam no rádio e o meu off estava muito lento. Eu pensava que não queria parecer uma radialista no ‘off’, mas disseram que me chamaram porque gostavam da forma como eu soo, entre outras coisas. Mas o recado era: ‘Vai lá e faz, como você faz no rádio’. Eu fiz e vi que ficou melhor. Porque eu fazia Rádio Globo e CBN — a Rádio Globo era mais popular e a CBN é outro estilo de rádio — ter essas duas medidas me ajudou para ir pra TV”

O “quase-foca” de segundo ano de jornalismo na FAAP Giordano Pienegonda e a “ex-foca” Natalie Gedra

Episódio 2 — Rodrigo Alves

Nosso convidado para este episódio é o jornalista Rodrigo Alves, 43, comentarista fixo de basquete no canal SporTV e apresentador de dois podcasts: Dois Pontos, sobre a NBA — a principal liga de basquetebol profissional da América do Norte — e Vida de Jornalista, um podcast sobre jornalismo que busca entender os meandros da profissão, entrevistando repórteres sobre os bastidores de uma reportagem, autores de podcasts e estudantes.

“Quando eu comecei em 98, a internet estava nascendo ainda. De forma mais completa, não existia redes sociais ou a internet como conhecemos hoje. Era algo muito rudimentar para fazer pesquisas e entender alguma coisa. É algo até impensável, hoje, produzir informação sem internet. E, ao longo desses anos, fomos nos adaptando a esses formatos novos. Acredito que a cada ano, mês, semana — ou até dias — que as coisas iam mudando, elas iam melhorando para o jornalismo também. Mas a responsabilidade também aumenta, pois você tem que saber separar o que não é confiável num oceano de informações”.

Nesta conversa inspiradora produzida pela aluna Izabella Ricciardi, com direção da professora Ana Roberta Alcântara, o ex-foca compartilhou sua visão sobre universo jornalístico, discutindo as transformações no setor e os múltiplos caminhos profissionais que podem ser trilhados na área. Imperdível!

O “ex-foca” Rodrigo Alves e a “quase-foca” de segundo ano de jornalismo na FAAP Izabella Ricciardi

Episódio 3 — Letícia Sorg

Poucas profissões se transformaram tão radicalmente, nos últimos tempos, como o jornalismo. E poucos jornalistas acompanharam essa transformação tão de perto quanto Letícia Sorg, 38. Quando os jornais e revistas ainda encaravam os sites como uma operação secundária, Letícia foi estudar mídia digital em Oxford. Ela pilotou operações digitais em algumas das marcas jornalísticas mais tradicionais do país, como Estadão, Globo e, atualmente, Abril. Neste podcast da série Ex-Foca, Letícia fala da importância de investir constantemente em formação — afinal, o jornalismo se tornou uma profissão que se reinventa completamente a cada dois ou três anos.

“Atualização é uma coisa fundamental agora para os jornalistas e eu acho que não só para os jornalistas, (mas para) todos os profissionais de marketing, publicidade. Todo mundo que trabalha com comunicação, e talvez até com outras áreas das quais eu não saiba muito. Como a tecnologia avança rapidamente, eu acho que a gente tem que acompanhar, (a gente) tem uma necessidade muito maior de acompanhar”.

Letícia também defende que o jornalismo de qualidade pode, e deve, se espraiar pelos diversos formatos: redes sociais, vídeo, podcast, linguagens interativas e impresso. Sempre em busca de um usuário que viaja constantemente de um formato a outro. Um bate-papo inspirador para os jornalistas de todas as gerações.

A“quase-foca” do quarto ano de jornalismo na FAAP Mariana Menendez e a“ex-foca” Letícia Sorg
Nossa foca se chama Brune. Nem Bruna, nem Bruno. Nossa foquinha já nasceu no gênero neutro ❤

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