A estimada poupança

Amanda Batagin
Laboratório de Educação Financeira
2 min readNov 19, 2019

“Fazer uma poupança” já virou sinônimo de economizar, mesmo que o dinheiro não seja de fato aplicado em uma conta desse tipo. A poupança é considerada o investimento mais popular do Brasil, por ser o mais simples e de menor risco, mas muitos ainda têm dúvidas de como investir.

Quem explica tudo sobre o assunto para o Lab de Educação Finaceira é o professor e consultor empresarial Cláudio da Silva Carrasco, formado em Ciências Contábeis com pós-graduação em finanças e controladoria e mestrado em contabilidade gerencial e controle das organizações.

Cláudio Carrasco possui mestrado em Contabilidade, é especialista em Administração Financeira, Contábil e Controladoria, além de ser professor de Pós-Graduação e MBA. (Foto: Arquivo pessoal)

“A poupança foi constituída há muitos anos e é uma forma de as pessoas guardarem dinheiro para investimentos futuros. É a forma de menor risco hoje no país e podemos dizer que ela remunera menos, mas toda a forma de investimento é válida”.

O rendimento ao mês varia muito, e como possui um risco muito baixo, nem poderia ter uma remuneração muito alta. Segundo o professor, hoje ela rende 0,5% ao mês. Comparado a outros investimentos, este é o mais baixo. O Bovespa, citada por ele, no ano passado teve um rendimento de 13% ao mês, mas com um risco muito mais alto.

Segundo o professor, esta forma de investimento não tem muitas vantagens. Apesar disso, Carrasco ainda considera a poupança melhor do que o consórcio, por obter um rendimento, e, na falta de outro investimento, é melhor ter do que não ter nada. Já as desvantagens, são o baixo rendimento e a remuneração muito baixa.

A conta-poupança é indicada quando se quer começar a investir. A escolha por esse tipo de conta é feita quando o rendimento for superior ao de algumas ações de mercado, quando a economia está muito instável e quando a bolsa de valores e a economia estão mais turbulentas, o que torna a opção mais segura.

De acordo com Carrasco, qualquer outro tipo de aplicação é melhor que a poupança. A escolha “vai depender muito do estilo do indivíduo, se a pessoa corre risco ou não. Se ela gosta de correr riscos, pode optar por ações de empresas na bolsa de valores”. Ainda segundo ele, as duas linhas de investimento mais rentáveis são as imobiliárias e agropecuárias, por não terem descontos nos impostos.

As melhores opções de aplicações são as de empresas que investem na bolsa de valores; os investimentos a longo prazo possuem um risco menor. Segundo estudos, essas empresas historicamente não tiveram grandes perdas, portanto, de acordo com o professor, “provavelmente todas essas empresas sérias brasileiras, você vai ser muito mais remunerado que a poupança”.

Apesar de ser o investimento menos rentável, ainda há vantagens na poupança. Mas, atenção: é melhor ter do que não ter, mas há outras opções a serem consideradas na hora de aplicar aquele dinheiro que sobrou.

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