“A opção foi empreender”
JOÃO GABRIEL TIMM
De acordo com o Sebrae, o setor de salões de beleza e clínicas de estética atingiu o número recorde de meio milhão de estabelecimentos no Brasil. Estima-se uma alta de 10% no faturamento até o final de 2019, com cifras ultrapassando R$ 107 bilhões. Durante a crise econômica brasileira, muitas pessoas ficaram desempregadas e estão investindo no seu próprio negócio.
A empresária Claudine Machado abriu neste ano o seu empreendimento no bairro Floresta, em Porto Alegre. “Eu já tinha o sonho de abrir o meu salão há alguns anos. Eu trabalhava no setor de eventos e fui demitida. Então minha irmã e meu cunhado me convidaram para investir. A única opção que eu tive foi empreender” disse.
Apesar da realização do sonho, a empresa tem dificuldades de se manter no ramo. “Meus sócios moram em São Paulo e me ajudam com a gestão do negócio, mas as dificuldades de manter o investimento são bem grandes”, disse ela.
Um ponto importante, é o alto número de empresas que não conseguem se manter no mercado. Segundo o IBGE, nos últimos três anos 341,6 mil empresas foram fechadas no Brasil. Outro dado preocupante, é que um terço das novas fecham nos dois primeiros anos.
Para administrador de empresas Márcio Lima, “na grande maioria as empresas jovens não passam dos dois anos de idade por alguns aspectos. Um deles é que em virtude da dificuldade de recolocação das pessoas no mercado de trabalho estão forçando essas pessoas a empreender e formalizando o negócio, porém sem uma pré-análise ou planejamento de como o mercado está” disse.