Vai viajar? Saiba como se preparar para trocar a moeda sem pesar no bolso

Luana Kanitz
Laboratório de texto
2 min readJan 15, 2019

LUANA KANITZ

Programar uma viagem inclui muitos momentos de entusiasmo, como escolher quais pontos turísticos visitar e fazer o roteiro. Também, pode gerar dor de cabeça e um peso a mais no bolso quando o assunto é câmbio. Por isso, um bom planejamento financeiro é essencial para quem tem como destino países onde as moedas são o dólar ou o euro.

O professor de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Fernando Ferrari, aconselha que o viajante verifique o valor da cotação diariamente e faça a troca da moeda aos poucos, começando a conversão três meses antes da viagem, pois é um período em que é possível ter uma ideia da volatilidade e da tendência da taxa de câmbio.

O designer Luigi Bergozza, 22 anos, embarcará em abril para Dublin, na Irlanda, onde fará um intercâmbio para estudar inglês. Ele conta que a agência de viagem contratada recomendou converter o dinheiro em janeiro, quando terá um cartão pré-pago específico para uso no Exterior, indicado para quem passa longo período fora do país, por questões de praticidade e de segurança. Pois, a cada recarga, é cobrada uma taxa de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre o valor depositado.

Com um planejamento mensal, Luigi guarda cerca de R$ 1 mil por mês e calcula o euro a R$ 5. No fim deste sábado (17), o euro chegou a R$ 4,28.
— Sei que às vezes ele (o euro) baixa, mas fiquei com medo da economia cair por causa das eleições ou por uma crise, então desde o início já me preocupei com isso — comenta.

De acordo com o professor Ferrari, as atuais taxas de câmbio (reais por dólar e euro) não devem sofrer um aumento significativo até o início do ano. Para ele, as sinalizações são de que o governo Jair Bolsonaro terá uma agenda econômica pró-mercado.
— Se não houver surpresa alguma, principalmente no cenário internacional, as cotações devem fechar próximas às de hoje, com o dólar ao redor de R$ 3,70 e o euro, de R$ 4,20 — avalia.

Para um bom planejamento, Ferrari afirma que é preciso calcular a quantia (de dólar ou euro) a ser comprada de acordo com destino e com a necessidade de gastos na moeda estrangeira. Luigi, por exemplo, avalia que gastará entre 800 e 1000 euros por mês, com aluguel, alimentação e transporte.
A máxima “quem converte não se diverte”, não se aplica ao designer.
— Junto em reais já pensando em euro — brinca.

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