10 livros de escritoras para se ler em um dia
Estamos em isolamento social, sim. Há alguns dias nossa vida mudou e é difícil de se estabelecer uma rotina de um dia para o outro.
Além do nosso abençoado privilégio do home office (e é uma pena que nem todas as manas estejam nessa modalidade — estamos lutando por isso!), há uma imensidão de links com conteúdo grátis online de cursos para se fazer. Porém entre tantos cursos, tarefas, rotina e pressão psicológica devemos tirar um tempo para cuidar da nossa saúde mental. Seja vendo um filme, uma série, afofando os bichinhos, brincando com as crianças, etc, um tempo para a desanuviar a cabeça se faz mais do que necessário.
Pensando nisso, decidi fazer uma lista com 10 livros para se ler em um dia, ou quase. Livros curtos, livros rápidos, livros com uma temática mais leve. E escrito por mulheres. :-)
Além de UX Designer, sou bibliotecária de formação e como tal, sou mediadora do clube Leia Mulheres em Taboão da Serra. Caso não conheçam o projeto, já fica o convite para conhecer e participar. Assim, fiz uma lista rápida com escritoras brasileiras, negras, clássicas e contemporâneas, com títulos bem legais pra vocês. E claro, vocês podem deixar mais sugestões nos comentários. Vamos fazer uma super lista de livros curtos para as épocas de tensão. :-)
Vamos lá?
1) As Catilinárias, de Amelie Nothomb
Começando a lista com uma das minhas escritoras favoritas da vida, As Catilinárias (sim, você leu certo. Não, não é o do Cícero), a autora faz sua descida aos infernos. Não o inferno quente e vermelho dos pecadores, mas o inferno dos outros, do limite das relações humanas que a autora explora até as últimas consequências, misturando doses de humor negro.
Amelie Nothomb é uma escritora belga, filha de um embaixador do Japão, onde passou anos da sua adolescência. O seu livro mais famoso é o “Medo e submissão”, em que ela conta causos ocorridos durante sua estadia no país e o choque cultural do ocidente e oriente. Recomendo todos os livros dela, claro.❤
2) A via crucis do corpo, de Clarice Lispector
Todo mundo deveria ler Lispector ao menos uma vez na vida, essa é minha contribuição. É um livro leve (porém muito envolvente, como o estilo da autora), com alguns contos focados na alma feminina.
Autora de romances, contos e ensaios, Lispector é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX e a maior escritora judia desde Franz Kafka (ela nasceu. na Ucrânia, mas se naturalizou no Brasil).
3) Lady Susan, de Jane Austen
Sinopse: A obra conta a história de uma viúva de 35 anos, sedutora e manipuladora. Sua conduta é, aparentemente, irrepreensível, como se esperaria de uma perfeita dama. Dotada de grande beleza, com modos encantadores e supostamente sensíveis, ela consegue desarmar até mesmo aqueles que estão familiarizados com boatos sobre sua má reputação.
Jane Austen é uma escritora inglesa, com alguns romances adaptados para o cinema. Morreu aos 42 anos, mas deixou um grande legado em romances clássicos.
4) Mary Poppins, de P.L. Travers
Sinopse: Mary Poppins é o primeiro de uma série de oito livros infanto-juvenis escritos pela escritora australiana Pamela Lyndon Travers, publicado originalmente em 1934, em Londres.
Mary Poppins também é um filme clássico de 1964 e teve sua continuação lançada em 2018, que é uma gracinha.
5) Bloodchild, de Octavia E. Butler
Gosta de ficção científica? Bloodchild é pra você. O livro traz algumas histórias e ensaios e ganhou o Prêmio Hugo e o Nebula Award.
Octavia E. Butler é uma escritora americana super conceituada e é conhecida por títulos como “Kindred” e “Despertar”, dentre outros.
6) O adulto, de Gillian Flynn
Sinopse: Uma jovem ganha a vida praticando pequenas fraudes. Seu principal talento é a capacidade de dizer às pessoas exatamente o que elas querem ouvir, e sua mais recente ocupação consiste em se passar por vidente, oferecendo o serviço de leitura de aura para donas de casa ricas e tristes.
Gillian Flynn ficou famosa com o suspense “Garota exemplar”, que virou filme em 2014.
7) O papel de parede amarelo, de Charlotte Perkins Gilman
Sinopse: O Papel de Parede Amarelo é um conto de 6000 palavras escrito pela escritora estadunidense Charlotte Perkins Gilman. Foi publicado primeiramente em 1892 pela New England Magazine. É tido como um dos precursores da literatura feminista Americana, ilustrando atitudes do século XIX da saúde mental e física da mulher.
Essa é a obra mais conhecida de Gilman, uma utopista feminista radical em uma época em que suas ações não condiziam com as atitudes das mulheres, e serviu de modelo para futuras gerações feministas por causa de seus conceitos não ortodoxos e seu estilo de vida.
8) A festa de Babette, de Karen Blixen
Sinopse: No século 19, em vilarejo da Dinamarca, duas filhas de um pastor contratam uma parisiense recém-chegada como cozinheira. Anos depois, elas decidem comemorar o centenário de nascimento do pastor e a cozinheira lhes oferece um banquete inesquecível.
O livro virou filme em 1987 e ganhou um oscar de melhor filme estrangeiro. Vale a pena assistir.
9) A filha perdida, de Elena Ferrante
Sinopse: Acompanha os sentimentos conflitantes de uma professora universitária de meia-idade, Leda, que, aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, decide tirar férias no litoral sul da Itália. Logo nos primeiros dias na praia, ela volta toda a sua atenção para uma ruidosa família de napolitanos, em especial para Nina, a jovem mãe de uma menininha chamada Elena que sempre está acompanhada de sua boneca.
Ferrante é um pseudônimo para uma autora italiana cuja identidade é mantida em segredo. Ela se consagrou com uma série napolitana cujo primeiro volume é “A amiga genial”.
10) O auto da Maga Josefa, de Paola Siviero
Sinopse: Toda lenda tem raízes na realidade e Toninho sabe disso melhor do que ninguém — a seca é apenas uma das muitas maldições que assolam o Agreste. Fantasmas, vampiros e gigantes não assustam esse jovem caçador de demônios, mas ele se surpreende ao conhecer a misteriosa Josefa, que também percorre as estradas áridas do Nordeste atrás de criaturas malignas.
Paola Siviero nasceu em Belo Horizonte e foi criada em São José dos Campos, no interior de São Paulo.
