As minas de Minas — Explicando a identidade visual do Ladies That UX Uberlândia
2020 Chegou com tudo e o Ladies That UX Uberlândia decidiu, lá ainda em Janeiro, dar uma mudada no visual. Fizemos um post assim que lançamos a identidade visual lá no nosso instagram, mas gostamos tanto do processo de criação que decidimos compartilhar um pouco mais das nossas inspirações com vocês.
Como uma forma de comemorar os 6 meses da implementação da nova identidade visual, viemos explicar um pouco sobre os conceitos que fizeram parte do briefing, e que são realidades no universo do triângulo mineiro.
Vamos lá?
Novas interpretações para as mulheres de sempre
O briefing para o projeto surgiu com a ideia de trazer uma imagem mais dinâmica de mulheres para a realidade virtual. Queríamos mostrar não só a feminilidade como também o sensual, o poder, a força, enfim, todos atributos que compõem mulheres reais, com significado real.
Cuide bem de você e procure entender que você é capaz de ser feliz.
Fernanda Takai.
Era importante para nós, no contexto de regionalidade, que levássemos em conta também a nossa identidade local. Costumes, roupas, festas, comida, fauna e flora típicas da região em que vivemos — nossa amada Minas Gerais e nosso mais amado ainda triângulo mineiro.
Com isso, fizemos um brainstorm (ou toró de ideias, para os íntimos) buscando significados para itens que representassem bem a ideia que gostaríamos de passar — “o que é ser uma lady that UX do Triângulo Mineiro?”. O resultado foi muito rico, e encontramos várias ideias que poderíamos explorar com maior propriedade mais a frente.
Também pedimos a opinião das nossas ladies!
Na época da construção da nossa identidade visual, compartilhamos um documento com o nosso toró de idéias para que fossem classificadas algumas palavras que pudéssemos frisar e, simultaneamente, pedir sugestões de termos novos pro que elas identificavam como termos que definissem “ladies that UX Uberlândia. Tivemos alguns resultados bem bacanas que não tínhamos pensado antes. Selecionamos alguns e passamos a pensar um pouco melhor nas linguagens que queríamos abordar.
Mulheres de minas: referências e inspirações
Buscamos também pesquisar um pouco melhor sobre as nossas mulheres locais: escritoras, pesquisadoras, celebridades, figuras históricas e descobrimos muitas mulheres sensacionais que ajudaram a construir a nossa identidade enquanto região. Mulheres como Helena Greco, Maria Carolina de Jesus e Dona Beja, que contribuíram muito para esse processo de construção identitária, e não podiam deixar de ser homenageadas no mês de Março no nosso Instagram. Ficou curioso? É só clicar no nome dessas mulheres e descobrir um pouquinho mais sobre a história delas!
“A capacidade de me indignar. O valor de não aceitar as iniquidades e de não enxergar as violências como banalidades.”
Helena Greco
Feminilidade para além do rosa
Não existe cor que mais define o gênero feminino que o rosa no contemporâneo, isso é fato. No entanto, existe um espectro gigante de outras cores que podem nos proporcionar a mesma sensação de calor, afeto, vida e força latente que só as mulheres têm.
A mulher que é mulher, a mulher de verdade é sempre rainha, ela está sempre lá por cima do salto…
Hilda Furacão
A paleta escolhida foi baseada em tons terrosos e nuances de vermelho, amarelo, coral e, por que não, rosa também.
Flat reinando
Buscamos uma orientação gráfica que trouxesse esse frescor, que destacasse as cores escolhidas e que fizesse jus à temática de tecnologia. Para isso, nada melhor que a estética flat, que acompanha a vida dos Designers digitais há um bom tempo.
“Na minha turma na faculdade, que tinha 60 pessoas, só eu formei entre as mulheres. Foi um desafio muito grande. A turma era predominantemente de homens e os próprios professores falavam que mulheres nessa área não davam certo.”
Aline Bittencourt, professora do curso de Programação Web para mulheres da Fundação de Educação para o Trabalho de Minas Gerais (Utramig) e doutoranda em Modelagem Matemática e Computacional.
Fauna e flora regional
Por último, mas não menos importante, queríamos trazer a regionalidade do cerrado: suas cores, sua fauna e flora, seus sabores e aromas. Buscamos todo esse repertório em cores e motivos que nos fizessem relembrar aonde estamos, sendo mais evidentes nos motivos gráficos que selecionamos.
Pesquisamos por espécies regionais do cerrado brasileiro e nos deparamos com as texturas das árvores caducifólias tortuosas, de casca grossa e com suas ranhuras como o jacarandá mimoso, das formas de frutas como o araticum e da leveza das flores de ipê, presentes em cores que vão do amarelo e branco passando pelo rosa até o lilás. A fauna também é contemplada pela abstração da pelagem da onça-pintada e da mancha do olho do tucano. Todos eles estão representados nos nossos grafismos.
“várias mulheres já entraram em contato comigo, falando que com certeza dá uma certa inspiração. Então eu acho que a gente precisa mais de iniciativas que reconheçam e incentivem as mulheres.”
Rafaela Salgado Ferreira, pesquisadora do laboratório de Biologia Computacional de Proteínas, do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG.
E tá aí o resultado! Uma identidade visual colorida, cheia de vida e feita com muito carinho pela comunidade local. O que vocês acharam? Deixem nos comentários aqui pra gente!!
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PS: Agradecimento especial à Monica Barros, que construiu as artes pra esse post. Você é demais! ❤
Até a próxima!