Design de serviço e análise de dados

A tão pouco falada fase de iteração é um dos momentos do processo em que mais precisamos lidar com dados. Você está preparado?

Carolina Koury
Ladies That UX PT
3 min readMar 12, 2021

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frase em luzes neon dizendo "Data has a better idea"
"Os dados têm uma ideia melhor"

Se você leu o artigo "Service Design Thinking, além das ferramentas" descobriu um pouco mais sobre o modelo de trabalho de um designer de serviço. A última fase citada é a de iteração, em que é preciso fazer um levantamento dos dados relacionados com o serviço desenvolvido para pensar em melhorias e possíveis correções que precisam ser feitas. Mas porque essa fase é tão importante para o ciclo de inovação?

Quando lidamos com pessoas, todo mapeamento que fazemos se torna perecível. Isso significa que a cultura, o comportamento e os hábitos mudam e por isso soluções desenhadas podem não mais atender àquela realidade. Além disso, por mais que a pesquisa continue atualizada, será que as decisões tomadas durante o processo priorizaram o que é realmente necessário? Esses são alguns dos motivos pelos quais construir um MSV (Mínimo Serviço Viável) é importante. Começar pequeno e escalar com segurança poupa dinheiro e tempo dedicado.

Você deve estar se perguntando qual a ligação entre iteração, perecibilidade, priorização e MSV… Te respondo: tudo! Antes de começar sua caminhada, foi definido um objetivo, que é produto da visão de negócio, voz do seu usuário e tecnologias envolvidas. Ele foi norteador da sua pesquisa, definição e ideação. Gerou também vários mapeamentos, um fluxo ideal e uma priorização de componentes com base nos dados levantados. Então, para garantir que todo o ecossistema, mesmo com constantes mudanças, continue rodando como esperado e que toda a visão e o esforço investidos sejam eficazes, precisamos revisitar nossas hipóteses e definir métricas que permitam acompanhar o desempenho do serviço, nos informando se continuamos tendo sucesso ou não para implementar melhorias e correções. Por isso, precisamos fazer um desenho mínimo que já preveja essas métricas de forma integrada ao fluxo.

Agora que já entendemos a relevância da iteração, vamos para a parte prática:

  • Primeiro, usando seu fluxo ideal, convoque algumas pessoas-chave para trocar sobre a priorização das ferramentas envolvidos. Nesse momento é bom contar com um canvas e todos os insumos mais interessantes reunidos até o momento. Entenda ganhos e frustrações do seu usuário, riscos de negócio e viabilidade e defina os parâmetros do seu MVS.
  • Em seguida, baseado nas sazonalidades, comportamentos, entre outros, defina por quanto tempo vai rodar seu teste.
  • O próximo passo é olhar para o micro. Em cada uma das ações, pesquise e complemente com as métricas necessárias: Se quero saber quantas pessoas usariam o serviço, será que preciso medir quantas chegam até o final do ciclo? Em quais fases tenho mais perdas? Será que o tempo de permanência está ligado à desistência?
  • Com o plano de métricas e o fluxo a ser testado em mãos, já estamos preparados! Uma dica: Se puder configurar seu acompanhamento antes de começar, quando tudo rodar você já terá uma visão de desempenho.
  • Passado o período definido, pegue suas hipóteses e dúvidas levantadas no momento da criação do seu plano de métricas, anote seus insights e documente seu teste.

Daqui para frente um mundo de possibilidades se abre: um novo produto, melhoria do que foi feito, aprofundamento de pesquisa…

Qual sua experiência com dados e Design? Conta aqui pra gente nos comentários!
Nos vemos na próxima, boas descobertas :)

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