UI design: Como a experiência na How Education mudou meu jeito de construir telas
Uma das minha grandes preocupações trabalhando como UX/UI Design é fazer a bendita tela - seja pra desktop ou mobile, app, site ou uma landing page - de forma bonitinha. E eu sei que isso pode parecer um resumo de todo trabalho que fazemos, mas digo isso por amor a todo o processo pré criação de telas e temor ao que vem depois disso.
Foi dentro desse cenário que tive a oportunidade de participar do bootcamp da HowEdu sobre UI em Figma, uma experiência que sem sombra de dúvidas valeu muito a pena. Neste artigo, quero contar sobre a minha experiência no curso e como ele mudou a minha forma de lidar com essa minha resistência no design de interfaces.
A estrutura do curso é dividida a partir de duas abordagens didáticas, na plataforma ficam as aulas previamente gravadas e nas terças tinhamos encontros com os dois professores Layla Codogno e Rafael Miranda e o querido Sullyvan Madeira que nos acompanhou e auxiliou nessa jornada. Para mim, a estratégia de aulas gravadas e encontros para tirar dúvidas e entrar mais adentro do assunto é algo que funciona muito bem, ainda mais com a possibilidade de botar a mão na massa nos encontros e poder receber feedbacks sempre que necessitar para entregar um projeto final bacana. Sobre o projeto em si, quero compartilhar as dicas e aprendizados que mais fizeram a diferença pra mim:
O que tem antes da tela (e depois da pesquisa)? O foco do curso é a criação de telas, por isso recebemos uma sugestão de produto e dores na primera aula. Isso não quer dizer que se possa pular logo para uma paleta de cores ou coisa do tipo. Antes disso ainda pontos a serem tratados como a construção do mapa com fluxo do produto e a arquitetura de informação. Uma dica valiosa que recebi nessa etapa foi de tentar simplificar as coisas, por mais que o meu produto possa ser grande nada me impede de construir micro fluxo para cada etapa no lugar de algo enorme pode acabar se tranformando em um emaranhado de linhas e me dá um sentindo de para onde cada ação me levará na hora em que eu for prototipar.
Wireframes e quando eles são realmente úteis: Em um dos primeiro encontros, trabalhamos sobre a criação de wireframes e discutimos sobre inspirações estéticas, nessa ocasião pude escutar do Lucas o que considero ser uma pérola de conhecimento prático.
Apesar de não lembrar as exatas palavras isso fez muito sentindo para a minha forma de trabalhar já que se não for para ter uma melhoria entre esse esboço e a versão final, você perdeu o seu tempo em uma espécie de retrabalho. Isso não quer dizer que wireframes são inúteis, bem pelo contrário, são um ótimo exercício para estressar ideias, testar funções e treinar sua visão estética, além de serem ótimos ao se trabalhar com mais de uma pessoa, porém sua importância diminui se você não está preocupado com isso no momento.
O temido design system: Construir um design system apesar de ser algo muito, mas muito mesmo, trabalhoso é uma tarefa com dificuldade mediana se você já tem um conhecimento prévio sobre variantes, instâncias (e se quiser um tchan a mais, micro interações). Tudo isso vai te render algumas horas para pensar construir tudo do zero e algumas horas a menos se você procurar um já pronto na comunidade do figma e modificar o que for necessário. Uma dica boa foi o design da Luisa que é super completo e acabou sendo a base para o que utilizei em meu projeto. “Colar” não é algo ruim quando se tem bom senso para não plagiar e empolgação para tirar um aprendizado disso e adaptar para uso específico, já fazemos isso com telas e wireframes, porque não estender para outros pontos também?!
Cursos como a How Education com uma boa didática e mentes brilhantes que estão dispostas a bater um papo com o aluno, são uma boa estratégia para expandir seus horizontes e sair da bolha que nós mesmo construímos com as nossas práticas e jeitos de fazer e pensar. Ter pessoas, assim como tive no curso da How e as Ladies que são uma ótima rede para nós mulheres UX/UI designers, que alavancam a gente para novos desafios, são uma grande alegria para essa área de trabalho e um incentivo a melhorar cada vez mais.
