Vamos falar de experiência do usuário em planejamento de viagens!

Roberta Firmino
Ladies That UX PT
Published in
6 min readJul 20, 2020

Um pouco dos meus estudos no projeto de conclusão de curso em 2018–2019

Foto de uma asa de um avião no ar com o pôr do sol

Em um breve resumo, o Own Travel nasceu quando realizei pesquisas e percebi que os brasileiros vinham consumido cada vez mais informações na internet sobre viagens, turismo e assuntos relacionados a esse universo. O número de blogs, sites e canais cresceram consideravelmente nos últimos anos. No entanto, essas informações encontram-se dispersas em diversas plataformas na internet e muitas vezes estão atreladas a experiências pessoais.

Mesmo com o aumento da produção de conteúdo relacionado a esse tema, é crescente o número de brasileiros que passam por situações constrangedoras em viagens nacionais e internacionais. Portanto, o objetivo foi projetar um aplicativo para proporcionar ao usuário uma interação dinâmica, capaz de auxiliar no planejamento de viagens e na troca de experiências com a comunidade que utilizará essa plataforma. Foram adotados os conceitos de Design Centrado no Usuário para promover uma melhor experiência ao usuário durante a navegação no aplicativo e gostaria de compartilhar com a vocês o passo a passo :)

Let’s start!

Mas por onde começar? Foi o meu primeiro questionamento de iniciante, meu primeiro projeto de UX e eu não sabia apertar o Start. E com tantos bombardeios de informações, metodologias, cursos…foi difícil!

Mas então, comecei pela literatura e me deparei com a metodologia de Preece sobre Design Centrado no Usuario que engloba etapas como: (1) Pesquisa, (2) ideação, (3) Prototipação e (4) Avaliação, com adição de técnicas de Design como: Personas, moodboard, matriz de aliamento, perfil do usuário entre outros, e foi assim que comecei!

Vale salientar que, depois da apresentação do meu TCC e da obtenção do meu certificado, eu atualizei e modifiquei algumas metodologias e refiz o design do Own Travel para fins de melhorar ainda mais a experiência do usuário.

Na primeira etapa de PESQUISA foram utilizadas as técnicas de:

  • Matriz CSD
  • Interviewing
  • Rose, thorn, bud (algo positivo, oportunidades e algo negativo)
  • Insights
  • Benchmarking
  • Personas

Na fase de IDEAÇÃO, tivemos etapas de:

  • Stakeholder mapping
  • Moodboard
  • Sitemap
  • Cenários
  • Fluxo de navegação

A PROTOTIPAÇÃO envolveu processos como:

  • Rabiscoframes
  • Storyboarding
  • Wireframes
  • Protótipo de baixa fidelidade
  • Protótipo de alta fidelidade

E na AVALIAÇÃO tivemos:

  • Teste de usabilidade
  • Análise do teste de usabilidade para futuros ajustes (ou não)

Assim separados por etapas fica bem mais fácil, né? Depois de ter passado por todos esses passos…

O Own Travel finalmente teve rosto (na verdade, telas, né hihihih)

Autora: Roberta Firmino/ Telas do Own Travel

Pesquisa

Nessa parte de pesquisa inicial, serviu para conhecer mais os usuários e validar algumas hipóteses e foi de extrema importância, porque queria entender profundamente as maiores dores e insatisfações dos usuários e até mesmo alguns pontos positivos, que apesar do meu conhecimento no tema, precisei utilizar a pesquisa para aumentar minha capacidade empática e comprovar algumas ideias. E principalmente, porque precisamos de conteúdos de certezas para iniciar o desenvolvimento de algum produto e também para gerar novos insights.

Mas vale ressaltar a diferença do processo de pesquisa acadêmico e profissional.

A pesquisa acadêmica é mais padronizada e metodológica que a profissional, ela ressalta mais o processo do que o tempo/resultados. Já o profissional o foco é outro. Apesar de apreciar e adicionar metodologias no seu processo, no fim, visa muito os resultados. O que o torna mais flexível, porque nesse processo, podemos pular alguns métodos, voltar… E poupar tempo para assim, os resultados serem entregues.

Nesse processo de pesquisa acadêmica, me deparei com uma das maiores dores dos usuários refletidas na pesquisa: o planejamento financeiro para viajar. Muitos usuários se sentiam impedidos de planejar ou até mesmo sonhar por falta de um planejamento financeiro.

Então, a minha ideia foi adicionar um novo serviço no app, que seria, a tela de organização financeira do viajante. Ao imaginar, se eu tivesse pulado essa etapa, nunca teria chegado a essa conclusão por falta de aprofundamento técnico e até mesmo empático. Por isso, é muito importante frisar a importância e o impacto da pesquisa no processo de desenvolvimento de algum produto.

A tela de planejamento financeiro contendo um grafico simples e bem intuitivo com cores azul claro, escuro e branco.
Autora: Roberta Firmino/ Tela de planejamento financeiro do Own Travel

Ideação

Depois de ter passado por uma análise de dados e compreensão do tema, comecei a pôr em prática as ideias da arquitetura da informação. Etapa responsável por organizar para deixar mais compreensível para todos, estruturando e hierarquizando o conteúdo do app, websites, serviços…

Ela serve para facilitar a navegação dos usuários na plataforma e estruturar bem o esqueleto da ideia para assim pular para a próxima etapa que será a prototipação.

O sitemap do own travel com tons de azuis, mostrando todas as páginas que o app contem
Autora: Roberta Firmino / Sitemap do Own Travel

Prototipação

Tudo fica mais fácil quando é estruturado bem na ideação. Nessa etapa construiremos uma prévia do que será o produto final, fazendo com que poupemos maiores erros futuros. Porque quanto mais cedo a gente encontra erros, mais cedo podemos consertar. Inclusive, esse projeto me fez perceber que aprendemos muito mais quando erramos do que quando acertamos. Na minha experiência, quando errei, eu busquei entender o motivo do qual não deu certo e me fez pensar mais, refletindo de uma forma mais criativa na possível solução.

Wireframe com telas simples dentro de um mobile mostrando o esqueleto do app
Autora: Wireframes de algumas telas do Own Travel

Avaliação

Na avaliação usei o teste de usabilidade para entender questões de interface e usabilidade do app. Basicamente, é um teste realizado com o público-alvo do seu produto para saber se o que você desenvolveu é viável ou não.

Nesse processo, expliquei o que era o app, mostrei o prototipo de alta fidelidade ao usuário e fui a moderadora analisando e anotando observações ditas e vistas dos usuários enquanto utilizava o aplicativo.

Na etapa de avaliação (a qual foi a última coisa que entreguei no meu tcc) descobri que os usuários sentiram dificuldades em entender os ícones de uma forma espontânea. Portanto, depois que entreguei o TCC, voltei aos estudos realizando outras metodologias e refazendo o design pensando nessas observações que obtive no teste de usabilidade.

Por fim, realizei um novo teste de usabilidade e o Own Travel conseguiu observações positivas e esclarecedoras.

Autora: Roberta/ Telas do app Own Travel

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Referencias:

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Roberta Firmino
Ladies That UX PT

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