Toni Erdmann: um retrato da mulher que cresceu e perdeu a ternura

#INDICOUMFILME

Alô Cristina! Sou a Lígia, escrevo no News From Home, e toda semana estarei por aqui dando o ar da graça pra sugerir um filme dirigido por uma mulher.

Para essa semana escolhi a alemã Maren Ade. Ela nasceu no lado ocidental de quando a Alemanha era ainda dividida e foi logo na adolescência quando começou a fazer os primeiros curtas. Anos mais tarde estudou na Universidade de Cinema e Televisão de Munique, onde realizou o premiado A Floresta das Ilusões (2003). Além de diretora, também é roteirista e tem uma produtora que viabiliza não só seus filmes como muitos outros do cinema mundial.

Toni Erdmann (2016) é o motivo por eu ter escolhido Maren Ade para essa categoria. Sobretudo porque o filme expõe a rigidez da mulher em um ambiente de trabalho competitivo que estimula a relação apática entre as pessoas, algo que a gente anda vendo e vivendo muito por aí, mas também por conta da história que acompanha um pai excêntrico que assume a personalidade de um coach de vida para tentar se reconectar com a filha, trazendo mais leveza e humor pros dias dela.

O filme vai te fazer refletir sobre o quanto você abre mão da gentileza, da troca, da afetividade para ser respeitada, valorizada e levada a sério, especialmente sendo mulher no mercado de trabalho. Com a tensão sempre presente, o ridículo vai caminhar em uma corda bamba, sendo oras hilário, oras patético, mas sempre provocador. Confere o trailer aqui:

Gostou da dica? Semana que vem tem mais.

Cruj, cruj, tchau!

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