16 atletas brasileiras que são chance de medalha nas Paralimpíadas 2016

Giovanna Lukesic Reis
Lado M
Published in
7 min readSep 8, 2016

Nas Paralimpíadas Rio 2016, o Brasil contará com a maior delegação de atletas da história. Serão 285 atletas, 23 acompanhantes (atletas-guia, goleiros e calheiros) e 195 profissionais técnicos, administrativos e de saúde. Serão 100 mulheres competindo em modalidades adaptadas ou exclusivamente paralímpicas, como é o caso do goalball. Vem conhecer a história de algumas das nossas atletas!

Atletismo

A atleta Raíssa Machado conquistou a medalha de prata no Mundial de Atletismo em Doha, em 2015. Foto: Daniel Zappe/CPB.

A mineira Raíssa Machado é uma das atletas do atletismo brasileiro. Competidora no lançamento de dardos, a atleta levou a medalha de prata no Mundial de Atletismo em Doha, no Qatar, em 2015 e estará nas Paralimpíadas Rio 2016.

Basquete em cadeira de rodas

Lia Maria Soares Martins num jogo de basquete em cadeira de rodas, modalidade paralímpica. Foto: Danilo Borges/Ministério do Esporte.

O basquete em cadeira de rodas é uma das modalidades que está presente desde a primeira Paralimpíada, em 1960, mas as mulheres só começaram a disputar em 1968, nos Jogos de Tel Aviv. Lia Maria Soares Martins, uma das 15 integrantes da nossa seleção, foi eleita a melhor atleta no basquete para cadeira de rodas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro em 2015 numa votação entre mulheres e homens.

Canoagem

A atleta Debora Raiza Benevides segura sua medalha de bronze da categoria VL2 conquistada no Mundial de Milão, realizado na Itália.

A campo-grandense Debora Raiza Ribeiro Benevides, junto de outras três mulheres, faz parte da nossa seleção de canoagem. Ela foi a campeã da primeira etada da Copa Brasil de Paracanoagem, que aconteceu em março desse ano.

Ciclismo

A dupla de atletas Márcia Ribeiro Gonçalves Fanhani e Mariane Ferreira. Foto: Adriana Panzini/SCS-PMI.

O ciclismo paralímpico, antigamente, era destinado apenas aos deficientes visuais. As deficiências só foram setorizadas em 1996, na edição de Atlanta, e hoje competem atletas com dificuldade de locomoção (separados em níveis), deficientes visuais e tetraplégicos.

Márcia Ribeiro Gonçalves Fanhani é deficiente visual e disputa a categoria Tandem: em uma bicicleta dupla, ela é guiada pela pilota Mariane Ferreira. Competindo juntas há dois anos, a dupla lidera o ranking nacional da categoria.

Goalball

Victória Amorim do Nascimento (camisa 9) durante uma partida de goalball, modalidade paralímpica.

Victória Amorim do Nascimento, que é deficiente visual, tinha 12 anos quando começou a jogar goalball. A modalidade é disputada por três atletas de cada time, que precisam atacar e defender ao mesmo tempo, mas cada uma em seu próprio campo. A bola, que é lançada com a mão e precisa ir rasteira na quadra, possui guizos que orientam as jogadoras ─ e por isso o silêncio na torcida é fundamental. Victória foi convocada para a seleção brasileira pela primeira vez em 2012, quando tinha 13 anos, e já representou o país em diversos campeonatos. Ano passado conquistou o ouro no Parapan, competição em que foi artilheira.

Esgrima

Mônica da Silva Santos segura o florete, uma das armas da esgrima. Foto: Matheus Bruxel.

Mônica da Silva Santos recebeu, na mesma época, duas notícias: estava grávida e tinha um angioma espinhal, uma lesão que pressiona a medula e pode evoluir para a tetraplegia ou até a morte. Contrariando as expectativas médicas, ela seguiu com a gravidez e, depois da cirurgia, recuperou somente o movimento dos braços. Mônica, então, se descobriu no florete, uma das armas táticas da esgrima. Em 2010, entrou para a seleção brasileira e desde então já ganhou mais de 30 medalhas ─ uma delas, a primeira da esgrima paralímpica brasileira em uma competição internacional.

Halterofilismo

Márcia Menezes com sua medalha de bronze no Parapan de Toronto, em 2015. Foto: Graziella Batista/CPB.

A atleta Márcia Menezes é dessas mulheres que provam que a gente pode ser o que a gente quiser. Halterofilista, gosta muito de seus músculos e não abre mão de maquiagem. Capaz de erguer até 116kg, Márcia foi eleita a melhor de sua categoria em 2014 pelo Comitê Paralímpico Brasileiro. No ano passado, conquistou o bronze no Parapan de Toronto.

Hipismo

A atleta Vera Lúcia Mazzili e seus colegas que competirão nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Foto: Federação Hípica de Brasília.

Esporte paralímpico não tem idade. A prova disso é a brasiliense Vera Lúcia Mazzili, de 65 anos, que competirá pela primeira vez na modalidade. Na foto, a atleta e seus colegas que competirão nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.

Judô

As atletas de judô paralímpico Lúcia Araújo e Alana Maldonado. Foto: Divulgação CBDV.

Lutadora de judô desde os 15 anos, Lúcia Araújo só passou a competir na modalidade paralímpica em 2002, aos 19. Desde 2010, a atleta subiu ao pódio de todas as competições que participou: foi prata no Mundial da Turquia, 2011, e nos Jogos Paralímpicos de Londres, em 2012. No ano passado, foi campeã no Parapan de Toronto.

Natação

Na foto, a atleta Verônica Almeida na piscina. Foto: Caroline Aleixo.

Verônica Almeida, portadora da síndrome de Ehlers-Danlos, uma rara doença degenerativa que compromete o movimento do corpo, contrariou os diagnósticos médicos, que diziam que ela só teria mais um ano de vida. Nove anos depois, a atleta faz parte da equipe da seleção brasileira e é uma das atletas que competirá na Paralimpíada Rio 2016.

Remo

A catarinense Josiane Lima na Paralimpíada de Pequim, em 2008. Foto: Divulgação.

Josiane Lima, que compete na categoria mista do remo, um esporte majoritariamente masculino, é a única mulher brasileira com uma medalha paralímpica na modalidade. O título foi conquistado em 2008, nos Jogos Paralímpicos de Pequim, ao lado de Elton Santana. Ano passado, Josiane foi considerada a melhor atleta do ano na modalidade pelo Comitê Paralímpico Brasileiro.

Tênis em cadeira de rodas

A atleta Natália Costa num jogo de tênis em cadeira de rodas, modalidade paralímpica. Foto: site Bodytech.

Natália da Costa, que perdeu as pernas num acidente quando tinha 2 anos, conheceu o esporte desde cedo: começou a praticar natação aos 11 anos, mas foi no tênis que se encontrou. A principal diferença para a modalidade convencional é que a bolinha pode quicar duas vezes no chão, não só uma. Campeã no Parapan-Americano, tanto no individual como nas duplas, Natália foi eleita a Melhor atleta do ano pelo CPB. A atleta ganhou outros quatro ouros e mais três pratas em outros campeonatos nacionais e internacionais de 2015.

Tênis de mesa

Cátia Cristina no Parapan de Toronto, em 2015. Foto: Divulgação CPB.

No tênis de mesa paralímpico, há onze categorias que indicam o comprometimento motor da competidora. Cátia Cristina, eleita a melhor atleta em 2015 pelo CPB, compete na classe 2, destinada à cadeirantes. Ano passado ela conquistou três ouros, duas pratas e dois bronzes nas competições individuais e em dupla.

Tiro com arco

A atleta Jane Karla Rodrigues praticando tiro com arco, modalidade paralímpica. Foto: Divulgação.

Diagnosticada com poliomielite na infância, Jane Karla Rodrigues começou a praticar esportes aos 28 anos como forma de reabilitação. Hoje, 13 anos depois, é considerada a melhor atleta de tiro com arco pelo CPB. Antes de se apaixonar pelo tiro, Jane disputava o tênis de mesa e chegou a ser campeã brasileira em 2004. A mudança de esporte aconteceu em 2014, depois de superar um câncer, ao mesmo tempo em que aconteceram alterações na categorização do tênis de mesa. Em 2015 a atleta levou dois ouros na categoria composto: no Parapan de Toronto e na Copa em Arizona, nos Estados Unidos.

Triatlo

Ana Raquel Lins integrou a equipe de natação do Centro de Apoio ao Deficiente Físico do Rio Grande do Norte. Foto: Arquivo pessoal.

Ana Raquel Lins é a líder do ranking brasileiro de triatlo e a primeira representante do Rio Grande do Norte na Paralimpíada do Rio de Janeiro. Ela é campeã nacional na categoria PT-4, que inclui atletas com comprometimentos musculares e amplitude de movimentos diminuída.

Vela

A atleta Marinalva Almeida e o companheiro Bruno Landgraf. Foto: Revista Reação.

A atleta Marinalva Almeida tem uma estreita relação com o esporte e já passou por diversas modalidades paralímpicas: ela é a atual recordista brasileira do salto em distância na classe F43 e ocupa o segundo lugar do ranking de lançamento de dardo. Em 2013, conheceu a vela, modalidade paralímpica da qual será representante este ano no Rio de Janeiro, junto de Bruno Landgraf. A atleta, que também é modelo e palestrante, será a única mulher da equipe brasileira.

Vôlei sentado

A atleta Janaína Petit num jogo de vôlei sentado, modalidade paralímpica. Foto: Divulgação CPB.

A relação de Janaína Petit com o vôlei é antiga. Antes de sofrer o acidente que a fez perder massa muscular da perna, ela era atleta profissional do clube paulista Pinheiros. Hoje Janaína é considerada a melhor atleta do vôlei sentado pelo CPB, já foi seis vezes campeã brasileira e quatro vezes campeã no Torneio Sergio Del Grande. Além disso, foi prata nos Jogos Parapan-Americanos em Toronto.

Originally published at www.siteladom.com.br on September 8, 2016.

--

--