Frozen 2 foca na irmandade e na origem dos poderes de Elsa

Cris Chaim
Lado M
3 min readDec 11, 2019

--

A Disney está se adaptando para atender a nova demanda do público. Há alguns anos, a empresa está trocando o “viveram felizes para sempre” e príncipes encantados por filmes com protagonistas mulheres fortes que lutam por si mesmas e por seus sonhos como A Princesa e O Sapo, Moana e Enrolados.

Frozen também entra nessa lista. O filme, que estreou em 2013, é a animação de maior faturamento de todos os tempos em bilheteria mundial. Além disso, ganhou o Oscar de Melhor Filme de Animação do ano e “Let It Go”, a icônica canção com música e letra de Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez, também ganhou o de Melhor Canção Original.

Contudo, o filme deixou algumas questões em aberto, como a origem dos poderes de Elsa, e gerou polêmicas em torno da possível homossexualidade da personagem — assunto que tratamos por aqui em #GiveElsaAGirlfriend: Elsa pode ser lésbica?

Em Frozen 2, com estreia no dia 02 de janeiro aqui no Brasil, a Disney se dispõe a explicar pelo menos um dos dilemas: a origem dos poderes de Elsa.

Nessa segunda jornada, Elsa começa a escutar vozes e tem flashbacks de momentos na infância com seus pais. Impelida por sua curiosidade, mas com medo ao mesmo tempo, a rainha decide partir para terras desconhecidas em busca de seu passado. Anna, Olaf, Kristoff e Sven a acompanham, cada um a sua maneira.

Frozen e a união entre irmãs

No final do primeiro filme, as irmãs Elsa e Anna reatam a amizade e a cumplicidade da infância. Agora, três anos mais tarde, a união está mais forte do que nunca e vem com a promessa de se ajudarem em tudo.A parceria entre irmãs faz com que Frozen 2 não tenha apenas uma protagonista, e sim a dupla.

Apesar das juras, Elsa ainda tem problemas em aceitar a companhia e a ajuda da irmã. Ela acredita que a busca é individual e não quer que Anna se arrisque para acompanhá-la. A força da união é confirmada quando percebem que cada uma pode contribuir de formas diferentes e não necessariamente precisam estar fisicamente juntas para se ajudarem.

Com as irmãs na linha de frente, o papel de coadjuvante fica para o trio Olaf, Kristoff e sua rena Sven. Os três são responsáveis por quebrar a tensão nos conflitos, descontrair o público e pelos momentos românticos do filme.

Cade o príncipe encantado?

Kristoff e Anna estão namorando, conforme o gancho deixado no primeiro filme. Ele está louco para pedir a princesa em casamento, mas quer que seja inesquecível. Porém, a insegurança não o ajuda: ele não sabe como fazer o momento ser especial, além do fato de Anna ter como principal objetivo ajudar sua irmã. No pouco tempo que o dois têm juntos, ela prioriza falar sobre Elsa e o reino de Arandelle.

Olaf é a minha personagem favorita desde o filme de 2013. Em Frozen 2, o boneco de neve demonstra ter um coração bondoso e um abraço quentinho. Com ele, o público entende que em determinados momento precisamos nos sacrificar para que um objetivo maior seja alcançado.

Frozen 2 não dá pistas sobre um terceiro filme ou histórias derivadas, mas é a grande aposta da Disney para a temporada. Para quem cresceu na geração “felizes para sempre”, é um alívio ver que o estúdio está mudando o perfil de suas personagens femininas e dando ênfase para relações como a das irmãs de Arandelle.

Assista ao trailer de Frozen 2

--

--

Cris Chaim
Lado M
Writer for

Empoderamento feminino, aceitação corporal, drinks e livros