Uma viagem feminista no tempo: política, educação e direitos iguais à todos!

Maria Alice Gregory
Lado M
Published in
3 min readMar 25, 2015

Dando continuidade à nossa viagem feminista no tempo, agora chegou a vez das feministas mostrarem a diferença que fizeram à sua maneira no movimento e nas sociedades de seus tempos, tornando-se as grandes ícones feministas que são hoje.

Vale lembrar que as feministas apresentadas abaixo são apenas algumas das milhares que possuem dentro de si histórias únicas e vivências bastante diferenciadas. Toda mulher que luta por seus direitos é digna de orgulho e exaltação por parte da sociedade, mas infelizmente só uma parcela bastante reduzida acaba recebendo esse reconhecimento, e muitas vezes mascarado de críticas machistas e opressões de diversos tipos.

Gloria Steinem

Glória foi uma grande jornalista americana que inovou ao conseguir se infiltrar nos bares da Playboy como garçonete, a fim de escrever um artigo investigativo sobre como era a vida e o trabalho das coelhinhas nesses contextos. A pauta acabou revelando a situação degradante em que trabalhavam as moças, que precisavam passar uma aura de sofisticação enquanto raramente recebiam o salário prometido na publicidade dos clubes. eram estimuladas a sair com clientes vip, além de precisar passar por situações que violavam os direitos trabalhistas, como exame ginecológico admissional (desnecessário para a profissão de garçonete) e não ser fornecido o uniforme completo para as moças. Gloria então denunciou os abusos sofridos por suas companheiras e provocou um debate na sociedade sobre a fetichização das coelhinhas.

Olívia Santana

Maria Olívia Santana é uma militante histórica do movimento negro brasileiro e até bem pouco tempo secretária Municipal de Educação de Salvador, sendo que atualmente integra o Fórum das Mulheres Negras e o Conselho de Promoção da Igualdade Racial.

Leila Diniz

Não precisamos dizer mais nada sobre essa grande mulher, né? Já conversamos sobre ela aqui!

Eugênia Álvaro Moreyra

Eugênia era jornalista, atriz e diretora de teatro, além de ser uma das pioneiras do feminismo e uma das líderes da campanha sufragista no nosso país. Ligada ao movimento modernista brasileiro e defensora de idéias comunistas, foi perseguida pelo governo Vargas, chegando a ser presa acusada de participação na Intentona Comunista. Casada com o poeta e escritor Álvaro Moreyra, desempenhou um papel importante na renovação do setor teatral brasileiro, organizando campanhas culturais de popularização e trabalhando como atriz, diretora, tradutora, declamadora e posteriormente presidente do sindicato dos profissionais de teatro.

Ana Montenegro

Ana Montenegro foi a primeira mulher a ser exilada durante a ditadura no Brasil, tendo ficado fora do país por mais de quinze anos, afastada de seu lar e de sua família. Durante o exílio, trabalhou em organismos internacionais, como a ONU e a UNESCO, tendo participado de congressos, conferênciais, e seminários pelo mundo. Além do ativismo em defesa da mulher, lutou também durante muitos anos contra o racismo, com um grande trabalho junto à população negra. Escreveu, além dos inúmeros artigos e ensaios, diversas obras, dentre as quais, cuidando da questão da mulher, Ser ou não ser feminista e Mulheres — Participação nas lutas populares.

Originally published at www.siteladom.com.br on March 25, 2015.

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