(Foto: Divulgação)

Vingadores: Ultimato exige que fãs tenham coração forte

Aline Naomi
Lado M
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3 min readApr 24, 2019

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Você que é fã de Marvel provavelmente deve estar contando os dias para o lançamento de Vingadores: Ultimato e já está com o seu ingresso em mãos para assistir à última produção da saga, que estreia dia 25 de abril. Já aviso que é bom preparar os lencinhos e os calmantes, porque vai ser difícil segurar a montanha-russa de emoções por 3 horas (!!!).

O filme mostra o que acontece após o estalar de dedos do Thanos, que dizimou metade das criaturas vivas do Universo em Vingadores: Guerra Infinita. Logo no começo da história, quando você está se coçando para a ação e porradaria, o clima é tenso e a atmosfera está mais para um cenário pós-apocalíptico. Demora um certo tempo até as coisas ficarem realmente movimentadas.

É aí que o time formado por Viúva Negra (Scarlett Johansson), Homem de Ferro (Robert Downey Jr.), Capitão América (Chris Evans), Thor (Chris Hemsworth), Hulk (Mark Ruffalo), Gavião Arqueiro (Jeremy Renner), Homem-Formiga (Paul Rudd), Máquina de Combate (Don Cheadle), Nebula (Karen Gillan) e Rocket (Bradley Cooper) (ufa) vão atrás de desfazer o estrago que Thanos fez.

O bonde pesadão de “Vingadores: Ultimato” (Foto: Divulgação)

Como eles vão tentar fazer isso? Bom, aí deixo para você descobrir quando assistir ao filme (senão é spoiler, né), mas já dá para imaginar que tendo a participação do Homem-Formiga nessa trama toda, alguma coisa tem a ver com o Reino Quântico. Ou é isso ou de fato ele vai entrar no c* no Thanos, crescer e explodir tudo (spoiler: não é isso rs).

Mas os irmãos Russo, diretores do filme, bem que gostaram da teoria (criada por um brasileiro, inclusive — eu amo este país!)

Como todo bom filme de herói, vai ter o discurso motivacional do mocinho, o sacrifício de um indivíduo pelo bem maior e aquele otimismo de que as coisas podem dar certo. O que poderia ser clichê em outros filmes do gênero ganha outro tom em Vingadores: Ultimato, porque cada detalhe tem um significado especial depois de 11 anos, 20 filmes e todo um mundo complexo Marvel criado fora dos quadrinhos.

O Universo Cinematográfico da Marvel levou os filmes de heróis a outro nível, deixando os fãs com altas expectativas em relação a qualquer outra produção do gênero, e o filme encerra a jornada de forma épica e deixa a sensação de dever cumprido para quem sai da sala de cinema.

Vingadores: Ultimato foi pensado para o fã que assistiu aos filmes da saga, porque se você não tiver visto nada vai perder um monte de referências e não vai entender nada quando o resto da sala de cinema tiver alguma reação, seja chorando, seja gritando ou seja rindo das piadas que aparecem nos momentos mais inesperados. A emoção é garantida, porque por mais que a gente torça para que tudo dê certo, vai saber o que esse povo é capaz de fazer depois do que aconteceu no final de Vingadores: Guerra Infinita, né?

Tá, mas e as heroínas?

Não vou mentir: quando vi o bonde que ia tocar a missão de trazer metade do Universo de volta, um dos meus primeiros pensamentos foi “Ai, Marvel, só isso de mulher? Mesmo?” (temos apenas a Viúva Negra e a Nebula como representantes). É ainda mais broxante tendo em vista que o filme anterior foi Capitã Marvel, em que a questão de gênero é intencional, mas vamos combinar também que ninguém aqui achou que a Marvel era feminista, né?

A forma de eles compensarem isso em Vingadores: Ultimato foi fazendo com que as aparições da Capitã Marvel fossem triunfais e decisivas (sério, que mulher) e reunindo as personagens femininas em um momento fundamental da história (que fez metade da sala gritar — incluindo eu rs). Confesso que essa cena ficou um pouco forçada, no sentido de ficar clara sua intenção de ser lacradora, mas não ficou tosca e faz a gente vibrar. Ok, Marvel, dessa vez passou.

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Aline Naomi
Lado M

Jornalista formada pela USP, feminista e influencer anônima. Gosto de conhecer e contar histórias e acredito que elas têm o poder de transformar o mundo.