Visita à fábrica da Cervejaria Invicta

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4 min readMar 19, 2018
Loja de insumos e bar da fábrica.

A força que a Invicta vem mostrando, parece já ter transcendido a identidade visual da marca. Com pouco mais de 7 anos de funcionamento, vem apresentando um crescimento consolidado, ano após ano, ganhando reconhecimento do público e da crítica, tornando-se cada vez mais uma das “grandes” do setor de artesanais. Criada em 2011 por Rodrigo Silveira, cria da Colorado, onde começou sua carreira em 1998, a Invicta produz e também tem participação em algumas marcas ciganas, como a 2Cabeças, Treze e Velhas Virgens.

“Com a fábrica nova, a Invicta tomou outra dimensão. Em dezembro, a produção atingiu a marca de 71 mil litros produzidos por mês”

Bruno Andrion, gerente comercial da Invicta, trabalha na cervejaria há dois anos. A chegada de Bruno coincidiu com a expansão da fábrica. Antes, eles estavam estabelecidos na mesma rua, só que num local de 500m², onde atualmente funciona um restaurante da cervejaria. Hoje, são quase 6 mil m² de espaço. Bruno diz que a meta, até a metade de 2018, é chegar a 100 mil litros produzidos por mês (somando a linha da invicta com a das ciganas). A fábrica já tem capacidade de produzir 500 mil litros/mês, “o próximo investimento da cervejaria teria que ser em tanques fermentadores pra dar conta desse volume”.

“A superstição impediu a Invicta de numerar o fermentador 13”

Direto do fermentador 12 a numeração pula para o 14. “Pura superstição dos donos”, brinca Bruno. No total são 13 fermentadores de 3500 litros cada, mas numerados de 1 a …14, Isso mesmo. “Estamos com uma compra feita de 2 fermentadores maiores, e 2 menores, e preparando também uma cozinha diferenciada e menor para produzir para alguns ciganos”. “Temos 3 galpões com mil metros quadrados cada, livres para a expansão da capacidade produtiva da fábrica”.

setor de expedição

A Invicta não faz o papel de distribuidor, nem tem a vontade de atuar nesse ramo. Eles trabalham em parceria com distribuidores externos. Entregam as garrafas prontas, rotuladas, na caixa lacrada. “Quando atendemos pedidos pelo site, por exemplo, temos que deslocar funcionários da produção pra preparar os materiais, e acabamos desviando da função de produção, e virando meio que uma distribuidora”.

A fábrica da Invicta vem sendo palco de dois festivais que já entraram para o calendário cervejeiro da cidade, o Nocaute e o Knock Down. Os chopes da casa e de cervejarias convidadas ficam plugados à disposição do público, e num outro galpão ocorrem shows, e também eventos inusitados. “Em um destes festivais, tiveram lutas de boxe com um juiz confederado, num ringue montado na fábrica”. Um contêiner já fica montado para abrigar os chopes dos eventos.

Na entrada da fábrica, há uma loja de cervejas e acessórios da marca, e uma loja de insumos para cervejeiros caseiros. Além é claro, de ser o espaço que abriga o tradicional bar de fábrica. É possível tomar os lançamentos e os clássicos da Invicta, e dos ciganos que produzem por lá, super frescos, com a possibilidade de pedir algum petisco para acompanhar.

régua de degustação do Bar da fábrica.

“As cervejarias artesanais precisam fazer alguma coisa que atinja um público maior”.

Segundo Bruno, a Invicta sempre teve a proposta de trabalhar com todos os tipos de público possíveis. O recente lançamento da pilsen em long neck, a um preço competitivo, faz parte desta estratégia. Eles queriam elaborar uma receita barata, de qualidade, e que atendesse ao público em geral, de botecos a supermercados, e aí surgiu a American Pilsner. No setor de produção para os beergeeks, Bruno aposta na volta das Brown Ales, “ficaram um pouco deixadas de lado ultimamente”.

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