Construindo ecossistemas de geração valor

Dri Kimura
Laje.ac
Published in
3 min readFeb 19, 2019

--

A colaboração é a maior potência de inovação para negócios e pessoas prosperarem com as mudanças. Quais as interações que ativam o potencial para novas formas de geração de valor?

Ter clareza sobre nosso propósito fundamental e dominar as particularidades do cenário a que nos inserimos é o que nos motiva a agir e a reformular estratégias ao longo de nossas jornadas pessoais e profissionais — é cada vez mais comum abolirmos, inclusive, essa segmentação; a vida é uma só e se constrói a partir do que, na carreira ou por inspiração, torna-se relevante para nós. Fazer parte de uma comunidade e observar outras modos de ler o mundo são, por sua vez, maneiras de elevar essa relevância a outros patamares.

Atingir a maturidade foi, por muito tempo, compreendido como o momento em que se pode dizer: cheguei lá, agora eu sou o que sempre quis ser, o que me define. No entanto, a horizontalidade das relações — acentuada pela digitalização das nossas maneiras de compreender o tempo e o espaço — ocasionou uma ruptura das “grandes narrativas”. Um texto do Umberto Eco, já em 2015, sobre a sociedade líquida, define essas narrativas como aquilo que era capaz de impor ao mundo moderno um modelo de ordem majoritariamente baseado nos aprendizados e nas releituras do passado para consolidar as diretrizes do futuro. Tudo que já vivemos no presente indica que esses modelos caíram por terra quando as regras passaram a se reformular em velocidade recorde.

Hoje, não apenas pelo que se aprende com o passado, mas diante das movimentações em tempo real, é que se espera daqueles que ambicionam o pioneirismo e a liderança, a capacidade de pertencer, reformular e seguir em novas direções a todo momento. O frenesi da agilidade digital já transita para um estágio à frente, em que já não se nota a separação entre o que é digital e o que não é. Pode-se dizer que estamos potencialmente munidos de tecnologias digitais até os dentes, quase sem nos darmos conta. Quando volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade se tornam lugares comuns, para onde vai a verdadeira diferenciação? O que orienta e define essa trajetória?

Com o reconhecimento daquilo que somos e do espaço que ocupamos, as habilidades que temos e que adquirimos passam a se moldar conforme a nossa capacidade de diferenciação. Como células totipotentes, precisamos assumir e praticar o ato do pertencimento para o aprendizado, exercitar autonomia e cocriação. Isto é, sob a tutela de uma mesma informação genética instituída — a de promover um organismo a seu mais elevado potencial -, assumem-se novas formas e funções a depender das necessidades do ambiente e de seus agentes dentro de um mesmo ecossistema. A adaptação como hábito intui a capacidade de olhar para uma situação em que todos enxergam o mesmo e vislumbrar uma outra perspectiva.

A força de atuação das pessoas que integram um ecossistema de valor vem da aproximação entre agentes e iniciativas que compreendam a própria prosperidade sob a consequência da elevação do ecossistema como todo. Motivados por reais necessidades da humanidade, com clareza do propósito e da estrutura de uma organização, somos capazes de buscar, frente a cada contexto que surja, a melhor cooperação de atividades rumo à inovação de soluções.

A materialização da inovação é, para além dos plenos domínio e investimento em tecnologia, uma demanda do melhor aproveitamento de uma característica que permanece sendo exclusivamente humana: a colaboração. Somente um ser humano devidamente inspirado, capacitado e conectado a um ecossistema de valor é capaz de catalisar a inovação que faz sentido. É por isso que a colaboração está moldando o futuro dos negócios.

a LAJE é uma plataforma de inovação que gera soluções de negócio ágeis e abertas, para que pessoas e organizações prosperem a partir de seus propósitos e cresçam na mudança.

Em sistemas abertos — dinâmicos, complexos e adaptativos — uma mudança acertada é transformação de impacto para o todo.

--

--