Organizações que contam histórias

Dri Kimura
Laje.ac
Published in
4 min readApr 5, 2019

--

E não estamos falando apenas de marketing e elaboração de ppt

As Marcas são como pessoas e, tal qual os escritores, contam uma única história durante a sua existência. A do Gabriel García Márquez é a do livro da solidão. Cada Marca, por sua vez, constrói e registra sua história a partir de um produto lançado, da sua versão de pitch elevator, dos rituais de sua cultura organizacional, de seu propósito consolidado e de seus movimentos de inovação. Distribuída em diversos títulos, a história é uma só — consistente e sem deixar de abraçar as viradas para novos conflitos.

Já em 2007, Steve Jobs, lançou o primeiro iPhone em uma famosa e verdadeira aula de storytelling. Um produto que resgata, continua e reforça a história da Apple. A narrativa ali conecta tudo: a história da empresa, apresentada conforme a linha do tempo de seus lançamentos de produtos, os valores da organização no decorrer de suas realizações, a maneira de ser disruptivo em um único dispositivo — o iPhone — para três produtos e até a excentricidade do fundador que narra.

A Nubank, mais recentemente, é o exemplo de uma organização de Marca relevante. Lá, cada colaborador aprende a encontrar sua própria versão do propósito do negócio. Isso porque as primeiras semanas trabalhando ali são dedicadas ao entendimento da narrativa da Nubank — de onde vieram, de que forma os times, produtos e serviços constroem essa história e para onde estão indo.

Contar histórias para os consumidores já é assumido há tempos como método para uma comunicação sólida. O que também se percebe agora é o valor da narrativa como forma de fortalecer a cultura organizacional, garantir consistência de Marca e alcançar novos caminhos em produtos, serviços e modelos de negócio. São histórias para potencializar o marketing e a criação de grandes apresentações, mas que, para além disso, abrem caminhos para o impacto do propósito e para a realização da inovação.

Este artigo no The New York Times, por exemplo, aponta a vocação da ficção científica para a inovação em negócios. Em seu texto de introdução ao romance “A Mão Esquerda da Escuridão”, Úrsula Le Guin alerta para o fato de que o papel da ficção científica é não o de predizer o futuro, mas o de detalhar o presente. Junto a este outro artigo a respeito do trabalho de escritores de ficção na prototipagem da inovação, podemos refletir em duas direções:

  1. a força humana e de imaginação demandada pelo mercado atual e que deriva da literatura de ficção;
  2. a oportunidade de embasar essas narrativas no método científico e de pesquisa para potencializar a maneira como gerenciamos nossas Marcas e negócios em direção a seus propósitos.

Pensar o uso das narrativas como recurso de comunicação destinada aos consumidores significa olhar para o potencial das histórias no registro e no reconhecimento do que as Marcas constroem. Mas, superando o que já podemos dizer para fora, a narrativa amadurece, orienta e determina aquilo que estamos construindo de dentro.

Narrativas para construção de valor

Temos investigado as maneiras de barrar o desperdício de valor nos ecossistemas de organizações do contexto atual. Com foco nos resultados da performance e tendo como referência o index das Marcas mais relevantes no presente, comprovamos a importância de as organizações praticarem seu propósito com impacto no mundo, guiarem sua inovação pelas necessidades das pessoas e fazerem tudo isso de maneira ágil, com alinhamento e autonomia (saiba mais com o nosso whitepaper sobre o tema).

Soma-se à tomada de boas decisões para Marca, negócio, comunicação, cultura e inovação a importância de saber abraçar o conflito sem abandonar a intenção original — e somente as verdadeiras histórias são capazes disso. Cada vez mais, temos recursos em tecnologia, engajamento das pessoas e legítimas necessidades do mundo. A narrativa é o enredo que integra esses elementos a um único discurso e que, ao mesmo tempo, incorpora novos acontecimentos, conflitos, chamados à ação. A história cria e reorienta valores, personalidade e identidade.

Como unimos método, pesquisa, performance e história em tudo que fazemos

Conheça o Movimento Pi:

Nossa história integra, orienta e registra em diversos pontos de contato o que acreditamos que gera mais valor no mundo a partir do Propósito, Inovação, Inspiração e Interação. Pi. O que faz uma organização ser lembrada como uma Marca que entrega um produto ou serviço de qualidade, constrói relações emocionais com seus públicos e colaboradores e os engaja em torno de um propósito forte e transformador? Acesse o Pi Index e faça parte da história que estamos criando e contando.

a LAJE é uma plataforma de inovação que gera soluções de negócio ágeis e abertas, para que pessoas e organizações prosperem a partir de seus propósitos e cresçam na mudança.

Em sistemas abertos — dinâmicos, complexos e adaptativos — uma mudança acertada é transformação de impacto para o todo.

--

--