Sobre habilidades de liderança para um futuro que começa agora

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3 min readApr 30, 2019

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por Juliana Paolucci, sócia-diretora de inovação da LAJE

Acredito no presente. Acredito que o futuro não é dado, mas construído: a concretização de tendências e previsões depende das ações do presente. Sendo assim, as habilidades de liderança que vão guiar as organizações para um futuro promissor precisam ser postas em prática hoje, agora.

Frente à complexidade e à incerteza da nossa realidade, como já dizia Heráclito, só nos resta uma constante: a mudança. Mudança essa que empolga, mas assusta. Potencializa, mas amedronta.

Para navegarmos em contextos cada vez mais ambíguos, Nassim Taleb nos aponta um caminho: a antifragilidade. Ser antifrágil nos leva a nos beneficiarmos do caos. Muito além da resiliência, que caracteriza o que volta sem danos ao lugar de origem após sofrer determinado estresse, na antifragilidade evoluímos a partir do estresse — não retornamos os mesmos, mas melhores. A antifragilidade é a habilidade de transformação à qual se referia Charles Darwin ao afirmar que não são os mais fortes nem os mais inteligentes que sobrevivem, mas os que melhor respondem à mudança.

Um quesito fundamental para a transformação, no entanto, é o aprendizado. Ou melhor, o reaprendizado. Lifelong learning já é uma realidade, e precisamos lidar com o fato de que a cada amanhecer surgem mais coisas para aprendermos — e que o primeiro passo para o aprendizado é assumir que não sabemos. Ou seja, aquele líder que acha que tem todas as respostas já não cabe mais.

Abrem-se as portas para o líder facilitador: o que não é o protagonista, mas sim catalisador da inteligência e da criatividade coletivas. Este líder é aquele que se preocupa em ouvir de forma ativa e em garantir um espaço seguro para a experimentação e para o erro, criando um ambiente muito mais propício à inovação.

A liderança facilitadora é muito mais humana e tem como princípio a conexão entre as pessoas. E sobre humanidade e conexão, Brené Brown nos aponta um ingrediente fundamental: a (tão temida) vulnerabilidade. O líder facilitador tem a ousadia e a sensibilidade de se mostrar vulnerável, passando a ser visto não como fraco, mas como “gente como a gente”. Assim, ele fomenta que o time se integre, colabore e construa junto com ele.

Repare que, ao tratar das habilidades de liderança do presente, mencionei antifragilidade, aprendizado constante, escuta ativa e vulnerabilidade — aspectos que são essencialmente humanos. Estamos caminhando para que a tecnologia assuma todas as atividades que são automatizáveis. Bom para nós. Sobra cada vez mais espaço para desenvolvermos o que, de fato, nos diferencia: a criatividade e o potencial das relações.

O contexto digital transforma não apenas os negócios, mas as interações no ambiente de trabalho e as maneiras de construir valor. Ao final desse mês de abril, fomos parceiros de conteúdo estratégico da Algar Tech na Digital Transformation Week, onde conversamos sobre as mulheres nas organizações, o papel da liderança e a construção de uma estratégia para inovação diante do cenário que resulta das relações entre pessoas e tecnologia no agora.

Momentos como esse são materialização para a inovação. Pessoas que olham para os mesmos desafios no presente e se unem para gerar valor.

Conheça nosso Programa de Liderança Facilitadora e Transformadora:

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a LAJE é uma plataforma de inovação que gera soluções de negócio ágeis e abertas, para que pessoas e organizações prosperem a partir de seus propósitos e cresçam na mudança.

Em sistemas abertos — dinâmicos, complexos e adaptativos — uma mudança acertada é transformação de impacto para o todo.

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Somos uma Plataforma de Inovação. Por que pensar é pôr em prática. http://www.laje-ac.com.br