Colômbia atualiza seu plano climático para os próximos 10 anos

O plano inclui cerca de 200 medidas, metas e ações para reduzir as emissões

Imagem: Reprodução Internet

O governo colombiano apresentou na quarta-feira (10), as metas e ações que devem ser implementadas nos próximos 10 anos para contribuir com o combate às mudanças climáticas. É um pacote de quase 200 medidas que fazem parte do documento denominado “Contribuição Determinada em Nível Nacional da Colômbia”.

Há cinco anos, quando o Acordo de Paris foi assinado, a Colômbia apresentou um primeiro relatório sobre essas contribuições à ONU. De uma forma geral, todas as medidas propostas na altura apontavam que o país poderia reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa em 20% (e em 30% se contasse com cooperação internacional para o fazer) até 2030. Nesse novo documento, apresentado em um fórum virtual, embora já tivesse sido enviado às Nações Unidas em dezembro, a Colômbia elevou seu nível de ambição. Agora, o compromisso é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 51%.

COMO FAZER ISSO?

Através de 196 medidas de mitigação e adaptação e meios de implementação. “Desde janeiro deste ano, a Colômbia começou a implementar seu plano 2030, um processo no qual todos os setores do governo, o setor privado, especialistas, comunidades e cidadãos em geral, serão fundamentais” — afirmou o Ministro do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Correa.

A Colômbia trabalhou por mais de 18 meses para atualizar suas metas de ação climática, baseando-se nos setores prioritários da economia: habitação, transporte, energia, agricultura, saúde, comércio, turismo e indústria.

CONFIRA ALGUNS DOS COMPROMISSOS

No setor da habitação, espera-se fortalecer os processos de planejamento territorial e construção habitacional com diretrizes, critérios e ferramentas para reduzir a vulnerabilidade da habitação. Da mesma forma, serão desenvolvidas ações de proteção e conservação em 24 bacias de abastecimento de água em municípios suscetíveis à escassez devido aos períodos de escassez de chuvas e também nos períodos de chuva.

No que se refere ao setor saúde, espera-se formular e implementar ações para reduzir os casos de doenças sensíveis ao clima. Até 2030, a meta é que 40% das instituições prestadoras de serviços de saúde do setor público implementem ações de adaptação diante de possíveis eventos associados à variabilidade e mudanças climáticas.

No setor de mineração e energia, o objetivo é contribuir para a transformação energética do país. Uma das metas é que até 2050 exista um instrumento de planejamento setorial para hidrocarbonetos, um para mineração de carvão e outro para energia elétrica, cujas diretrizes de mudanças climáticas visam garantir as condições de funcionamento integral, sob novos cenários de demandas operacionais. e ambiental.

No campo da indústria, comércio e turismo, espera-se que pelo menos 10% das pequenas, médias e grandes empresas dos setores priorizados tenham implementado estratégias, ações ou projetos de adaptação às mudanças climáticas até 2030. Na área agrícola e de desenvolvimento rural, a meta é que dez subsetores agrícolas tenham melhores capacidades de adaptação à variabilidade climática: arroz, milho, batata, carne bovina, leite, cana-de-açúcar, cacau, banana, café e cana-de-açúcar.

Por fim, no setor de meio ambiente, o país espera ter até 2030, um Sistema Integrado de Informação sobre Vulnerabilidade, Risco e Adaptação às Mudanças Climáticas (SILVRA), que permitirá monitorar e avaliar a adaptação na Colômbia. Também com 135 Planos de Ordenação e Gestão de Bacias Hidrográficas (POMCA) formulados ou ajustados com considerações de variabilidade climática, além de um aumento de 18.000 hectares em processo de restauração, reabilitação ou recuperação ecológica em áreas protegidas do Sistema de Parques Naturais Nacionais.

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