Conheça Ninhos

O projeto é feito da concretude do sentir.
Ouvimos histórias de várias pessoas e de várias famílias.
Depois, transformamos em zines que, amarrados ou não, podem chegar até você.

Por que família?

Há muitos anos instituições tentam definir a complexidade das famílias.

Para o IBGE, família são pessoas que compartilham do mesmo local domiciliar. Para o direito, família é onde o homem nasce, vive e se reproduz, onde obtém condições para obter elementos de sua realização material, intelectual e espiritual.

Para nós, só se pode entender família pelo conjunto das coisas não vistas, por cada detalhe do cotidiano que não está escrito em nenhum manual.

E por isso, ouvimos diversas pessoas para entender sobre suas percepções de família.

O resultado desse trabalho foram seis histórias ilustradas disponíveis online e em formato de zine. A verdade delas está no que você pode sentir e pensar ao ler.

Quem faz

Estamos aqui porque vez ou outra nossos ninhos se esbarraram. Nossas famílias se entrecruzaram sem avisar. Nossa amizade transformou os almoços do bandejão em almoços de domingo, as festas da faculdade em natal com amigo oculto, os dramas familiares individuais em dramas conjuntos.

Não temos a mesma vivência de família, não somos do mesmo estado e nem sequer passamos por experiências iguais.

Família se tornou nossa palavra mágica, o código para falar pelo coração e não pela mente. E foi pelo coração que nos unimos para ser ouvidos e palavras. Ninhos é um projeto construído a partir de múltiplas vozes. As histórias tem pé de norte a sul de Beagá e vão até São Paulo. Elas roubam sorrisos e lágrimas. Elas são lembranças vivas. Não as escrevemos. Elas nos escreveram.

Dani Matos

Minha família nasceu misturando acarajé com feijão tropeiro. Um lado na Bahia, outro em Minas Gerais. Ela é grande, muito grande. Não cabe em porta retrato nem em árvore genealógica. Tem laços de sangue e laços de vida.
Cresci com a diversidade na culinária, na música e na percepção das pessoas. Sempre gostei de falar. As palavras eram o laço mais forte que eu criava com as pessoas.

Felp Duarte

A minha família é no plural. Eu tenho a família que me colocou no mundo, a que eu escolhi e a que me escolheu. Apesar de abraçar as alegrias, as tristezas e as saudades de todas elas, carrego comigo a certeza de que se precisasse escolher apenas uma, não conseguiria.
Voando entre Taubaté e Beagá, aprendi a construir meus ninhos com os gravetos que vou colhendo por onde passo. Sempre gostei de desenhar. Meus traços são a minha forma mais sincera de enxergar o mundo.

Vamos com a gente?