Empreendedorismo, paixão e escola
Como temos falado em todos os canais da escola, ontem foi um dia simplesmente fantástico! Para quem ainda não acompanhou, na noite passada tivemos a culminância do projeto Emprelab, protagonizado por estudantes do segundo ano do Ensino Médio, que consistiu na criação de projetos ou produtos que resolvessem problemas quaisquer (definidos também pelas equipes).
Diante de professores, famílias, profissionais avaliadores, equipe da escola e dos próprios colegas, os emprelabers (forma como são chamados os estudantes que participam do projeto) apresentaram seus projetos, esbanjando criatividade e conteúdo.
Diante disso, observei alguns pontos que mereceram destaque.
Empreender: quanto mais cedo, melhor!
Ver jovens de 15 e 16 anos inovando, gerando soluções, pensando em termos como modelo de negócio, investimentos e projeção de lucro, desenvolvendo a capacidade de vender suas ideias e dando a cara a tapa na frente de todo mundo, fez com que eu chegasse à conclusão de que precisamos envolver nossos jovens com o empreendedorismo desde cedo.
Isso não significa que todos serão empresários, afinal as próprias soluções foram de ONGs a Startups. Significa, sim, que todos desenvolverão desde cedo a capacidade de lidar com os problemas de uma forma empreendedora, gerando frutos sociais enquanto crianças e adolescentes.
Compromisso com a sociedade
Engraçado que em nenhum momento que precedeu a nossa apresentação demos instrução sobre quais deveriam ser os problemas a resolver. As equipes tiveram total liberdade para pensar os problemas com os quais a equipe mais se conectava e, para a nossa felicidade, vieram temas absolutamente relevantes para a nossa sociedade atual.
Ansiedade, feminicídio, sustentabilidade, economia colaborativa, moradia, saúde pública, acessibilidade, entre outros temas, mostraram que essa galera jovem (muitas vezes com posicionamentos ignorados) está super conectada com o propósito de um Brasil melhor para se viver, que conhecem a realidade das minorias e dos menos favorecidos e, mais que isso, buscam desenvolver algo para solucionar os problemas.
Times fortes, bons resultados
Durante todo o processo de construção, pudemos observar a evolução incrível no desenvolvimento dos times. Muitas equipes que começaram pouco integradas, meio soltas, deram liga e chegaram muito bem na apresentação.
Era visível a forma com que todos conseguiam interagir, aproveitar o momento de forma coletiva. Muitos foram os abraços, as interações. As risadas foram em grupo, os choros foram com um ombro ao lado para amparar e tudo ficou muito melhor por termos visto times fortes ao invés de destaques individuais. O resultado incrível na qualidade dos projetos não foi por acaso. Foi fruto de trabalho em equipe.
Todos vencem no fim
Muitas equipes que estavam ultra confiantes durante as etapas de construção falharam na hora da apresentação, bem como algumas equipes modestas na construção, algumas com membros visivelmente tímidos, chegaram no palco e tiveram atuações impecáveis. Em quais desses dois casos as equipes são melhores? Não existe resposta.
No fim, todos vencem. Afinal, se aprende mais com fracassos que com triunfos e o emprelab nunca existiu para gerar os maiores negócios que vão transformar o mundo, e sim para desenvolver um grupo de jovens muito mais preparado para lidar com as controvérsias do mundo, entendendo melhor as suas limitações, se desafiando a buscar novas empreitadas, tendo seus momentos de comemoração e de tristeza. Todos saíram muito melhores do que entraram e as notas foram incrivelmente boas para todas as equipes (apesar de, neste caso, a nota ser um mero detalhe).
Não é sobre escolher o melhor projeto, é sobre desenvolver as pessoas com o processo.
Ao fim, me resta parabenizar mais uma vez todas as equipes. Os emprelabers foram sensacionais. Lutaram pelos seus projetos, buscaram informações, inovaram, se apaixonaram por aquilo que desenvolvemos e apresentara um resultado de altíssima qualidade.
Estou extremamente orgulhoso e empolgado para tudo que está por vir!
#VivaOEmprelab
