Quem é criativo?

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blogdomarízia
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2 min readApr 12, 2018

Por: danmaior

Começamos o lab sobre inovação com o questionamento “Quem é criativo?”. Um quinto do grupo levantou a mão. Alguns timidamente. Cutucamos um pouco mais: “Quem é MUITO criativo?”. De 20% do grupo, caímos para 4%. “E como é que vamos trabalhar com inovação sem criatividade?”. Silêncio.

Esse é o comportamento habitual em quase todo lab ou palestra. E essas perguntas já são maceteadas, claro, porque eu tenho certeza que, até o final do trabalho, essa percepção vai mudar.

Passamos três horas intensas juntos — provocações, pensamento inusitado, trabalho em equipe, mãos na massa, pressão no juízo, música alta, multitarefas cronometradas… E ao final desse relativamente curto período de tempo, todos os grupos saíram com ideias inovadoras. Algumas mais outra menos. Umas mais palpáveis, outras mais difíceis de implementar. Não importa. Todos criaram soluções para problemas reais a partir de perspectivas diferentes das que habitualmente adotavam.

De novo: “Quem aqui é muito criativo?”. Todas as mãos estavam para cima.

Algumas pessoas provavelmente nascem mais criativas do que outras, assim como vemos aqueles vídeos de uma criança de 4 anos de idade tocando uma sinfonia no piano. Mas quando excluímos esses casos incrivelmente excepcionais, a criatividade não é um dom para um pequeno e seleto grupo — ela é uma habilidade que pode ser praticada e desenvolvida, assim como qualquer outra. E, da mesma maneira, algumas pessoas vão desenvolvê-la com mais facilidade e outras não verão qualquer sentido em desenvolvê-la. Ok.

Independente do conceito, criatividade tem a ver com mudar a situação atual para uma melhor. Ninguém se torna criativo quando tudo está bem — a criatividade surge exatamente quando percebemos que podemos melhorar.

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