Tenho andado correndo
Parada sem freio
Metendo arreios
Um tanto desembestada
Talvez saturada
De tanta loucura sem satisfação
Tenho sofrido sorrindo
Gritando calada
Estranhamente controlada
Mesmo embebida em raiva
Talvez domesticada
Pelo o que vem e não tem solução
Tenho girado em linhas
Visão em vertigem
Giroscopio sem aro
Tonta de tanta manobra
Enquanto lá fora
Tudo é terrivelmente estático
Tenho tentando com medo
Coragem e receio
Remorso à espreita
Pra me fazer desistir
Depois da coisa feita
Um jeito de vida um tanto antipático
Só sou o que sou
E isso nem sempre me agrada
Não valido
Nem reprimo
Sigo sendo calada
Soltando palavras demais