SOBRENATURAL 3, DE CYNTHIA HAND

Letícia Santos
Leticia Inside
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2 min readAug 10, 2018

Eu nem sei como começar essa resenha, porque é complicado falar de livros que você amou, mas também é complicado falar daqueles que você detestou. Pensa num livro que tinha tudo pra ser bom. Agora pensa num livro sendo estragado nos últimos capítulos. Esse é o caso de Boundless.

Li minhas resenhas dos livros anteriores pra escrever essa, e agora tô meio que deprimida porque, caramba, eu elogiei tanto a série, até me identifiquei com a protagonista. Tudo isso pra ter essa decepção no final. Chateada, apenas chateada.

A Clara fica cada vez mais chata, num mimimi eterno de terminar-com-Tucker-querer-voltar-com-Tucker, dando confiança pro coitado do Christian só pra depois chutar ele de novo. Ela parece tão legal, tão poderosa com seu sangue de anjo, aprende a viajar no espaço, e inclusive faz uma cena linda quando ela sem querer aprende a viajar no tempo (minha cena preferida, mas não vou contar porque é spoiler). Mas, no fim, é só uma garota chata.

Como eu disse desde o primeiro livro, o Jeffrey era quem eu mais odiava, e continuou sendo. Um personagem insuportável, rebelde sem causa, que se acha superior e acaba desencadeando grande parte da merda toda. Ficaria feliz se ele apenas sumisse.

O que me leva a uma das coisas que mais me decepcionou no livro. Alguns personagens simplesmente desaparecem, sem nunca mais serem mencionados no livro ou terem um final digno. Meu segundo personagem preferido vai embora e tudo que tenho dele no fim são histórias contadas pelo Web.

Outra coisa que não gostei foi um certo poder da Clara. Na minha concepção nem anjos puros poderiam fazer isso e aí ela vai lá e faz. Poderia ser o propósito no final das contas? Poderia, mas não me desce, é muito Deus ex machina.

E eu acabei chateada, porque mais uma trilogia foi cagada no 3° livro.

Texto originalmente publicado em 29 de janeiro de 2015.

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Letícia Santos
Leticia Inside

“Nothing ever ends poetically. It ends and we turn it into poetry. All that blood was never once beautiful. It was just red.”