STARTERS, DE LISSA PRICE

Letícia Santos
Leticia Inside
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2 min readJun 28, 2018
Foto: Déia Dietrich

Estou num caso de amor e ódio com esse livro. Simples assim.

Comecei a leitura com grande expectativa, e não vou negar que fiquei um tanto decepcionada quando o enredo não me prendeu imediatamente.

Além disso, eu fiquei meio perdida, não entendia exatamente porque Starters odiavam Enders e porque Enders odiavam Starters. Mas aí, quando a Callie começa a descobrir sobre os tais planos malignos citados na sinopse, ficou bem difícil não ler até as 5 da manhã.

“- Você nem vai conseguir se reconhecer quando terminarmos.
- É disso que tenho medo.”

E tem a coisa toda que me fez amar distopias, amo/sou livros que se passam no futuro, amo/sou coisas tecnológicas.

Dos personagens, o que mais gostei foi a Sara — deu vontade de abraçar e ser amiga dela, mas né. Também gostei da Helena e do seu esforço para encontrar sua neta, queria saber mais sobre ela. Callie me irritou em alguns momentos, não sei dizer se gostei dela ou não. E eu nutri uma paixãozinha pelo jeito carinhoso do Blake, mas né, não comentarei sobre isso.

“Todos os políticos mentem — eu disse. — É um pré-requisito para o emprego.”

Então eu estava curtindo o final. Mesmo com um certo sacrifício que me fez chorar litros, e mesmo que o desfecho tenha sido meio corrido no final das contas. Mas aí, bem aí, quando você acha que o livro acabou e pronto, Lissa Price me vem com um plotwist que PUTA QUE PARIU. Sério, eu ainda não me recuperei do choque. Lissa Price é má.

Abrindo um parêntese, gostaria de acrescentar que Starters me lembrou um pouco A Hospedeira, pelo começo meio fraco e a coisa toda de duas pessoas em um só corpo. O que é ótimo no fim das contas, já que A Hospedeira é meu livro preferido.

Texto originalmente publicado em 13 de novembro de 2012.

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Letícia Santos
Leticia Inside

“Nothing ever ends poetically. It ends and we turn it into poetry. All that blood was never once beautiful. It was just red.”