LibertAmor
Caramba…
Esse amor que chega e vem me tomando assim…
Como se amor por ele fosse amor por mim.
Enquanto contínuas ações de mim se rompiam em espasmos
- eu vibrando, só, entre deuses e aos pedaços
E os outros pedaços que eu nunca tive pareciam ali valer a pena.
Valer a cena, o tema, o poema, e até o cinema que eu não conheci…
Esse amor que acordou de repente,
enquanto eu fingia não sabe-lo ali.
Que é luz e é casa e é medo
do corpo em segredo que eu não vivi.
Que me invade, me treme, reparte
- que é todo e que é parte
- que é silêncio e som
Ah, amor, o que você pensa?
Como é que me deixa essas perguntas quadradas,
respondendo quinas,
adivinhando como não me comportar?
Justo eu que nunca me comportei.
Justo eu que só queria transbordar alguém…
Caramba!
Sobre o Laboratório de Interpretação Cinematográfica, com Tomás Rezende