Quase sem cuidado
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1 min readJan 28, 2018
Existe lá fora um homem perdido,
um anjo caído de algum céu de mim.
Um meu homem belo, e tão mais distraído…
Perdendo os sentidos em meios e fins.
E é assim que ele chega
e se perde e se parte:
sonhando e sorrindo
e salvando latim.
É assim que ele some
e se esquiva e se esconde…
quase sem cuidado
em ecos de sim.
Mas, se adormecer, vou, sem fazer ruído
— sem fazer sentido! — ,
sem me desfazer:
Em novos olhares, percebo e duvido
do desconhecido a me reconhecer.
E é assim que ele beija,
e pergunta e pesquisa
as rugas e regras
do nosso motim.
É assim que ele deita
e se expande e se espalha,
quase sem pecado
em mil metros de mim.