O orgulho de ter mulheres na Tecnologia

Gabriel Dornelas Tassar de Almeida
Lett
Published in
3 min readJul 28, 2022

Olá pessoal, venho aqui contar um pouquinho da minha experiência com mulheres na tecnologia. Desde a faculdade, sempre me questionei porque a área de Tecnologia era um ambiente preenchido majoritariamente por homens. Me perguntava se pelo fato das pessoas sempre relacionarem a área ao “cara” do TI, existe um rótulo sobre o profissional ser um homem de óculos introvertido que é visto como um hacker, ou mesmo pelo fato de existir muito preconceito sobre as mulheres para entrar em uma área com sua maioria masculina.

O fato é que na faculdade acabei quebrando esse paradigma e vi que a primeira pessoa a criar um algoritmo foi uma mulher, a pessoa que criou o termo “bug” tão usado hoje foi uma mulher e eu ficava ainda com a minha inocência sobre assunto sem entender porque quase não existiam mulheres na área, ou mesmo entravam e saiam logo em seguida.

Com o passar do tempo fui começando a crescer e entender que esse era um fato que não ocorria só na área de computação, mas em todas as áreas havia preconceito, diminuição e tratamento diferenciado para mulheres, o que explica bastante o porquê da área não ser atrativa para o público feminino.

Olhando para o lado profissional, na empresa em que trabalho, a Lett, sempre teve uma cultura muito boa, de respeito, de colaboração e o que considero mais importante é ser ouvido dentro da organização. Mas ainda sim ficamos anos sem mulheres dentro do time de tecnologia, e por quê? Era fácil dizer que o mercado de trabalho havia bem mais homens do que mulheres, ou que contratamos pela experiência e pela habilidade e não pelo sexo.

Apesar de ter uma cultura excelente, nem sempre tivemos um ambiente confortável e acolhedor, por comentários, comportamentos ou vieses inconscientes que eu mesmo tinha que atrapalhava a nossa empresa em ser o ambiente ideal e bom para trabalhar como citei anteriormente.

Porém, eu tentei entender mais se havia algo que podíamos fazer para diversificar mais o ambiente de trabalho. Cheguei até a ouvir que não era pra eu entrar nessa “onda”, mas por sorte a maioria das pessoas que conversei me incentivou a quebrar esses paradigmas e rótulos. Me ensinaram, mostraram os comportamentos e vieses que poderíamos mudar para tornar o ambiente mais propício para um público mais diverso. Consegui juntar essas percepções e agir de forma diferente.

Na base da tentativa e erro fomos evoluindo nossa cultura e hoje posso dizer que a Lett é referência em cultura, pelo menos das empresas que conheci. Graças a essa cultura, cortamos comportamentos inapropriados e vivemos os valores que fazem da Lett o que ela é, temos um comitê de diversidade e inclusive um comitê apenas de mulheres. Hoje contamos com quase 50% de mulheres no time, espalhadas nas grandes áreas da empresa, incluindo gerência e diretoria.

Conseguimos trazer mulheres para a área de tecnologia e para a lett como um todo, inclusive mulheres trans. Além de trazer, conseguimos construir um ambiente confortável e seguro para o desenvolvimento de qualquer pessoa, inclusive temos um canal de comunicação que garante isso. Hoje tenho orgulho de dizer que temos mulheres na tecnologia, estagiando, desenvolvendo, liderando e gerenciando, onde elas conquistaram esse lugar pelo próprio empenho e dedicação. Tudo que fizemos na Lett foi dar espaço, oportunidades e um ambiente respeitoso, confortável e igualitário para trabalhar.

Abrir vagas afirmativas é um caminho que usamos e funciona bem, porém o que mais vai trazer resultados é tornar a cultura acolhedora, confortável e segura para qualquer pessoa poder trabalhar.

Esse é um recado de um homem sim, mas senti que deveria falar pelo orgulho que me deu de ver essas mulheres crescendo na Lett e pelo ambiente mais diverso que estamos criando, onde qualquer pessoa pode trabalhar e se desenvolver sem medo de ser feliz!

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