7 opções de livros para ler em um dia — Lis7a #02
7 histórias de até 150 páginas para ler em um único dia
Um dos maiores desafios de quem nunca leu é achar livros que lhes interessam, o segundo maior obstáculo é o tamanho do livro. Perguntas como “é grande?, demora muito? São quantas páginas?” são comuns. Aqui separei 7 histórias bem rápidas e interessantes de ler. Vou confessar que nunca li O Pequeno Príncipe, mas são menos de 150 páginas, nem vai doer. ;)
Vamos á lista.
1- A Revolução dos Bichos — 152 páginas
Depois das profundas transformações políticas que mudaram a fisionomia do planeta nas últimas décadas, a pequena obra-prima de Orwell pode ser vista sem o viés ideológico reducionista. Mais de sessenta anos depois de escrita, ela mantém o viço e o brilho de uma alegoria perene sobre as fraquezas humanas que levam à corrosão dos grandes projetos de revolução política. É irônico que o escritor, para fazer esse retrato cruel da humanidade, tenha recorrido aos animais como personagens. De certo modo, a inteligência política que humaniza seus bichos é a mesma que animaliza os homens.
Escrita em plena Segunda Guerra Mundial e publicada em 1945 depois de ter sido rejeitada por várias editoras, essa pequena narrativa causou desconforto ao satirizar ferozmente a ditadura stalinista numa época em que os soviéticos ainda eram aliados do Ocidente na luta contra o eixo nazifascista.
2- A Metamorfose — 104 páginas
A metamorfose é a mais célebre novela de Franz Kafka e uma das mais importantes de toda a história da literatura. Sem a menor cerimônia, o texto coloca o leitor diante de um caixeiro-viajante — o famoso Gregor Samsa — transformado em inseto monstruoso. A partir daí, a história é narrada com um realismo inesperado que associa o inverossímil e o senso de humor ao que é trágico, grotesco e cruel na condição humana — tudo no estilo transparente e perfeito desse mestre inconfundível da ficção universal.
3- George — 144 páginas
Um livro emocionante sobre a importância de ser quem realmente é. O primeiro livro juvenil com um personagem trans no Brasil. Seja quem você é. Quando as pessoas olham para George, acham que veem um menino. Mas ela sabe que não é um menino. Sabe que é menina. George acha que terá que guardar esse segredo para sempre: ser uma menina presa em um corpo de menino. Até que sua professora anuncia que a turma irá encenar “A teia de Charlotte”, e George quer muito ser Charlotte, a aranha e protagonista da peça. Mas a professora diz que ela nem pode tentar o papel porque… é um menino. Com a ajuda de Kelly, sua melhor amiga, George elabora um plano. E depois que executá-lo todos saberão que ela pode ser Charlotte — e entenderão quem ela é de verdade também.
4- O Pequeno Príncipe — 96 páginas
Um piloto forçado a aterrissar no deserto do Saara encontra um pequeno príncipe, recém-chegado de um planeta distante. As sábias, encantadoras e inesquecíveis histórias contadas pelo pequeno príncipe falam de seu próprio planeta, com seus três vulcões e uma flor presunçosa. Uma história maravilhosa e profunda, para todas as idades, e ilustrada pelo próprio autor. Nova tradução, pela professora de Literatura Francesa Isolina Bresolin Vianna. Ilustrado com as aquarelas do próprio Saint-Exupéry. Novo formato de bolso: texto integral ideal para trabalhos escolares. Uma história atemporal, que vem cativando leitores desde sua publicação — tanto adultos quanto crianças -, O pequeno príncipe é um dos maiores clássicos da literatura francesa. Sempre presente nas listas de best-sellers, já foi publicado em mais de 250 idiomas, e tornou-se o livro mais lido e mais traduzido na literatura internacional. Esta edição inclui dados sobre a vida e a obra de Saint-Exupéry, conta ainda com uma inovação editorial: é a única a trazer as ilustrações posicionadas fielmente à sequência da própria narrativa.
5- E Foram Todos Para Paris — 90 páginas
Nos passos da cidade-luz dos anos 20.
O livro retrata com nostalgia um passado onde a festa parecia não ter fim. “A Paris de Hemingway & cia. — mais conhecida como a Paris da Geração Perdida — ganha qualquer concorrência, sem desdouro da Paris do imediato pós-guerra, também formidável (muito jazz, existencialismo, caves esfumaçadas, cinemas de arte), e com uma vantagem nada negligenciável sobre as anteriores: penicilina em qualquer farmácia”, escreve o autor.
O autor levantou endereços, montou mapas e itinerários, e saiu em busca de um tempo perdido, com sua inseparável Canon analógica e um caderno de notas. A reportagem original, publicada em 18 de janeiro de 1990 nas páginas de Turismo do jornal Folha de S. Paulo, se entitulava “A geração perdida ainda está em Paris” e tornou-se um guia de viagem sui generis para aqueles que vão à capital francesa para muito mais do que comer, beber, fazer compras e subir na torre Eiffel.
6- O Papel de Parede Amarelo— 112 páginas
(Nossa única exceção das 150 páginas)
Uma mulher fragilizada emocionalmente é internada, pelo próprio marido, em uma espécie de retiro terapêutico em um quarto revestido por um obscuro e assustador papel de parede amarelo. Por anos, desde a sua publicação, o livro foi considerado um assustador conto de terror, com diversas adaptações para o cinema, a última em 2012. No entanto, devido a trajetória da autora e a novas releitura, é hoje considerado um relato pungente sobre o processo de enlouquecimento de uma mulher devido à maneira infantilizada e machista com que era tratada pela família e pela sociedade.
7- A Morte e A Morte de Quincas Berro Dágua — 120 páginas
Escrita em 1959, esta pequena obra-prima de concisão narrativa e poética é tida por muitos como uma das mais extraordinárias novelas da nossa língua.
Numa prosa inebriante, que tangencia o fantástico sem perder o olhar aguçado para as particularidades da sociedade baiana, Jorge Amado narra a história das várias mortes de Joaquim Soares da Cunha, vulgo Quincas Berro Dágua, cidadão exemplar que a certa altura da vida decide abandonar a família e a reputação ilibada para juntar-se à malandragem da cidade.
Algum tempo depois, Quincas é encontrado sem vida em seu quarto imundo. Sua envergonhada família tenta restituir-lhe a compostura, vesti-lo e enterrá-lo com decência; mas, no velório, os amigos de copo e farra dão-lhe cachaça, despem-no dos trajes formais e fazem-no voltar a ser o bom e velho Quincas Berro Dágua. Levado ao Pelourinho, o finado Quincas joga capoeira, abraça meretrizes, canta, ri e segue a farra em direção à sua segunda e agora apoteótica morte.
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Se você leu alguns desses livros por favor comente o que achou nos comentários, será de grande importância.
Até a próxima!