Apresentando Co3yo

Saudações,

É com muita alegria que me apresento como o aprovado no maravilhoso processo seletivo destinado à seleção de um novo produtor de conteúdo para esta digníssima página. Chamai-me de Co3yo.

É uma alegria muito grande poder apresentar algum conteúdo para uma página cujo o senso de humor é tão parecido com o meu.

Infelizmente, eu não sou muito bom na confecção de memes, então vocês vão ter se contentar com textão e conteúdo. Obviamente, o teor dos textos manterá o perfil satírico da página, pois, na humilde opinião deste que vos fala, conteúdo dessa natureza nunca foi tão necessário.

Vejam bem. Antes de teorias políticas e econômicas virarem o novo esporte nacional e o capeta resolver cuspir o Anarco-Capitalismo de volta aqui para cima, a situação já estava muito complicada, por conta de diversos fatores, tais como escândalos de corrupção, investimentos governamentais ruins (MUITO RUINS), o fim de determinados (e relevantes) ciclos de investimento, inovação e capacidade tecnológica.

O baque trazido por esses eventos sacudiu não só a estrutura do Estado, mas também a dinâmica entre os vários institutos que auxiliam na manutenção da vida em sociedade, tais como o Direito e a Economia. Temas que serão abordados por mim.

Como de costume, o cenário de crise favoreceu o surgimento de grupos de interesse e argumentos radicais, algo que não é necessariamente ruim, pois é o posicionamento radical auxilia na formação e consolidação de posições razoáveis e detentoras de BOM SENSO, bem como na distinção de elementos e nocivos para o embate democrático. Pode se dizer que o pensamento democrático precisa do pensamento radical para existir, tal como precisa do partidarismo.

Agora, no cenário acima existe algo que o tio chama de posição “MAS-QUE-PORRA-É-ESSA-FAZ-PARAR-OU-ME-DÁ-UM-TIRO-PELO-AMOR-DE-DEUS”. Esse tipo de argumento ou posicionamento “político” existe nas mais diversas formas e cores, mas todas têm o mesmo som e conteúdo. Saber diferenciar suas “características” das demais ajuda não somente a família de seus expoentes, pois terão conhecimento da patologia dos seus parentes, mas também o próprio ambiente democrático, que terá acesso à real face de argumentos falaciosos e completamente inconsistentes que utilizam o amplo poder de difusão da internet para se travestir de “ciência” ou mesmo “argumento”.

Isso pode não parecer importante à primeira vista, mas é. Por mais que hajam páginas de conteúdo sólido como o Terraço Econômico, Economês e etc., não são todas as pessoas com acesso à rede que compreendem o básico do que é informado, por conta da baixa instrução. Outrossim, essas mesmas pessoas, de baixa instrução ou em estado de vulnerabilidade, são facilmente seduzidos pelos “argumentos” acima. Posteriormente, os efeitos dessa “adesão” se mostram extremamente difíceis de se combater (eu me recuso a usar a palavra “refutar”).

Essa “dificuldade” ocorre por conta da baixa densidade científica e intelectual dos argumentos, bem como em razão do seu tom altamente negacionista e combativo (ver: “whataboutism”), sempre buscando achar uma moral equivalente comum em todas as ações e medidas, independentemente do contexto, transformando toda e qualquer critica é um ato de hipocrisia e implicando que cada indivíduo faça o que bem entender por conta disso.

Como se percebe, é realmente difícil exercitar um “bom dialogo” nessas circunstâncias. É nesse ponto que entra a sátira. Vejam, acentuar os elementos ridículos já existentes em certos “argumentos” é algo benéfico em vários cenários (mesmo em funerais). Isso auxilia na formação de um crivo critico daqueles que assimilarão o conteúdo e facilitam a segregação de alguns elementos, de modo que eles não contaminem ou fomentem argumentos de deslegitimação de pontos da mesma família política.

Uma vez que vivemos em um país pintado de vermelho e azul, esse último trecho se monstra muito pontual e necessário, pois deixa claro que não há problema em ser de esquerda ou de direita, mas sim em ser um pau-no-cu-de-ser-humano-nagacionista-ignorante-sanguessuga-do-papai-que-só-fala-merda-na-internet.

Enfim, acredito que essa tenha sido uma boa apresentação.

Reflitam e comentem, por favor.

Nos vemos semana que vem.

Bj do tio Co3yo.

Publicado originalmente em:
https://www.facebook.com/liberaisantilibertarios/posts/1942145336107214

21 de novembro de 2017.