Era uma vez um rei…
Era uma vez um rei que governava seus domínios com mão de ferro. Cobrava altos impostos, impunha leis draconianas, bania e até matava súditos que o desobedecessem. Mantinha o trono pelo terror.
Uma bela noite, contudo, um dos seus ministros leu Rothbard e Hoppe e se tornou, em segredo, defensor do PNA. O direito de propriedade (sobre si e sobre objetos) era inviolável. O rei era um criminoso. Os impostos, a proibição da livre iniciativa, a violência contra pessoas que nada fizeram de errado; uma longa lista de crimes intoleráveis.
A consciência do ministro o acusava: ele fazia parte desse sistema. Rolava na cama, incapaz de dormir. Enquanto ocupasse o cargo, suas mãos estariam sujas de sangue. Deveria simplesmente se demitir? Liderar uma revolução? Assassinar o monarca?
A angústia seguia insuportável até que um dia, conversando com o historiador da corte, fez uma descoberta. Mil anos antes, um antepassado do rei comprara aquelas terras de donos legítimos. A terra do reino fora passada de pai para filho até chegar ao rei atual. O amigo lhe mostrou inclusive o antigo pergaminho do título de propriedade original.
A revelação mudava tudo. O reino era propriedade privada do rei. Os cidadãos eram inquilinos. As restrições ao movimento e à atividade econômica não eram imposições violentas, eram prerrogativas do proprietário. Os reais agressores eram aqueles que, ocupando o território, se recusavam a segui-las. E os impostos, por fim, não eram impostos; eram aluguéis.
Aliviado, o ministro voltou a dormir na mais serena paz.
Contribuição do colaborador comuno-globalista Joel Pinheiro
Publicado originalmente em:
https://www.facebook.com/liberaisantilibertarios/posts/1914856548836093
25 de setembro de 2017.