Feedback Canvas
Após alguns meses sem postar estamos de volta para falar sobre o Feedback Canvas, uma ferramenta criada por Matheus Haddad com o objetivo de estruturar, orientar e suportar o processo de feedback individual dentro do contexto do trabalho em equipe.
Imagine que você faz parte de uma equipe e super gostaria de saber o que os outros membros da equipe acham sobre o trabalho que você está realizando, o Feedback Canvas pode te ajudar!
Quem deverá participar da sessão?
O facilitador, convidados (em nosso caso foram os membros da equipe) e a pessoa que solicitou o feedback.
Como utilizar a ferramenta?
Em uma folha de tamanho A3 ou A2, imprima e fixe o Feedback Canvas na parede da sala em que será realizada a sessão.
Na parte 1 defina a competência do colaborador avaliado (pessoa que solicitou o feedback), por exemplo: desenvolvedor de software, gerente de projeto, líder técnico, etc.
No campo de atividades, os participantes (incluindo o avaliado) devem levantar quais são as habilidades específicas que o avaliado desempenha ou deveria desempenhar relacionadas à sua competência e ao contexto em que atua.
Após ter uma visão sobre como todos da equipe percebem o trabalho do avaliado, todos são convidados a classificá-lo — na visão de cada um — em relação a sua competência. Para isso, há 7 níveis de competências diferentes:
- Novato — Não possui conhecimento e experiência. É um iniciante no tema.
- Aprendiz — Possui pequeno conhecimento e pouca habilidade. Está dando os primeiros passos no tema e está aprendendo.
- Praticante — Possui bom conhecimento sobre o tema. Está praticando sem maiores problemas, obtendo bons resultados.
- Profissional — Possui bom conhecimento e habilidade sobre o tema. Também toma a frente dos problemas para resolvê-los.
- Professor — Domina o tema. É um expert. Destaca-se por ensinar outras pessoas. É uma referência para a equipe.
- Líder — Consegue combinar conhecimentos para melhorar mais seu trabalho, além de ser um líder natural para esse tema.
- Mestre — Cria novos conhecimentos sobre o assunto, domina totalmente sua execução e é uma inspiração para a equipe.
Como boa prática, todos os participantes devem mostrar ao mesmo tempo suas notas e colar no Canvas. Os participantes colocarão suas notas na linha de baixo e o avaliado colocará sua auto-avaliação na linha de cima. Após todos darem suas notas, cabe a cada participante explicar o porquê dela.
Em seguida chegamos no momento de abordar os pontos positivos do avaliado. Sugiro colocar cada ponto em um post-it diferente para facilitar o agrupamento em caso de itens semelhantes. O mesmo acontecerá para a abordagem dos pontos negativos.
Não é interessante que a pessoa que pediu o feedback se manifeste muito durante a execução da atividade, isso pode desvirtuar a finalidade e os participantes poderão deixar de contribuir. Mas, sempre que um ponto não ficar muito claro, o avaliado pode e deve pedir que os participantes expliquem melhor o que colocaram.
Por fim, a última e mais importante parte da atividade, elencar as ações de melhorias. Este é o momento onde todos os participantes terão a oportunidade de sugerir ações de melhorias, atitudes e comportamentos que ajudarão o avaliado a melhorar seu desempenho e aprimorar o seu trabalho.
Lembrem-se que feedback que não geram ação são apenas críticas. Traga fatos, seja específico!
Ao final da sessão, recomendo que a pessoa que recebeu o feedback agradeça a participação de todos e coloque o achou da experiência. Caso a experiência tenha sido positiva, o avaliado pode convidar para repetir a sessão em outras oportunidades no futuro e comparar os resultados.
Os pontos conversados em uma sessão de feedback são como presentes recebidos. Você pode guardá-los no fundo da gaveta e nunca mais utilizá-los ou incorporá-los a sua vida. Caso você opte pela segunda opção, crie o seu backlog de feedback, priorize as ações que farão você atingir seu objetivo, execute, avalie e se adapte.
E ai, pensou em experimentar com a sua equipe? Que tal começar por você?