Chegou o momento de investir em Bitcoin?

Fonte: Money times

Antes de analisarmos essa questão, é necessário entender o que são as criptomoedas, como por exemplo, o Bitcoin. Criptomoeda é uma categoria de dinheiro como qualquer outra moeda que conhecemos, porém totalmente digital que não precisa de uma autoridade central para controlar as transações entre os indivíduos, como acontece com o real e o dólar que são moedas convencionais.

Basicamente, as criptomoedas possuem as mesmas finalidades que as moedas convencionais, ou seja, podem servir como meio de troca, facilitando transações comerciais; reserva de valor para a preservação do poder de compra no futuro; e também como unidade de conta, quando os produtos são precificados e o cálculo econômico é realizado em função dela. Os preços das moedas digitais variam segundo a conhecida lei da oferta e demanda, ou seja, quanto mais atenção elas recebem dos investidores, mais os preços tendem a subir.

Fonte: Investing.com

Com o aumento exorbitante do preço da mais famosa criptomoeda nos últimos 6 meses, a popularidade e a curiosidade sobre esse tipo de investimento cresceu. Um dos fatos mais interessantes é que ninguém sabe quem é o criador dessa moeda digital, mas sabe-se que em 2008, um desenvolvedor identificado como Satoshi Nakamoto publicou um estudo sobre o funcionamento de um mercado virtual, e assim, deu origem ao Bitcoin. Apesar disso, nas últimas semanas surgiram boatos através de um post no blog Medium de que o verdadeiro Nakamoto era Elon Musk, CEO da Tesla, o que foi negado por ele através de uma publicação no Twitter.

O Bitcoin foi pensado exatamente para ser uma moeda digital que facilitasse esse processo de transações e compras de forma segura, rápida e anônima. Apesar disso, sua forte volatilidade e aumento de valor fez com que a criptomoeda se tornasse um investimento de alto risco. A moeda usa um código complexo, que não pode ser alterado e todas as movimentações são protegidas por criptografia.

O processo de criação do Bitcoin é chamado de “mineração” e em tempos anteriores, qualquer pessoa que tivesse um software poderia “minerar”, porém com o crescimento da moeda, essa criação passou a ser mais restrita para apenas as pessoas que possuíssem um hardware robusto, embora cada vez menos as pessoas têm buscado realizar essa tarefa devido ao tempo de processamento e aos gastos gerados para essa finalidade.

Cada transação é validada por um grupo de pessoas, chamadas mineradoras, por meio de computadores, que gravam estas operações na blockchain, garantindo a segurança de todo o sistema. De maneira simples, blockchain é um banco de dados público que armazena todas as operações realizadas e os responsáveis por esse trabalho são os mineradores.

Fonte: Canaltech

Até esse momento, discutimos alguns significados e finalidades das criptomoedas, em especial o Bitcoin, mas a grande pergunta para quem se busca investir nesse setor é: vale a pena? Para responder essas questões, precisamos analisar diversas variáveis e componentes.

Primeiramente, a adesão global do Bitcoin está aumentando, o número de usuários da carteira blockchain aumentou consideravelmente em 2020 e continua subindo em 2021. O CEO da Tesla, Elon Musk, é um grande defensor do Bitcoin e concorda com essa aceitação crescente dos investidores, além de ser um grande influenciador no aumento do valor da moeda digital em fevereiro deste ano. Por outro lado, vemos o posicionamento de Bill Gates, fundador da Microsoft dizendo que pessoas com menos dinheiro do que Musk deveriam “tomar cuidado” com o investimento e que pessoalmente não realizou os mesmos.

Outro ponto considerável é que a proposta de valor do Bitcoin é perfeitamente adequada ao ambiente macro, visto que o nascimento e crescimento da moeda surgiu com uma crise financeira em 2008, e novamente, um pouco mais de 10 anos depois, o mundo está passando por uma crise na saúde devido à pandemia causada pelo COVID-19 e também econômica, com taxas de juros historicamente baixas, mais resgates financeiros pelo governo e afrouxamentos quantitativos. Assim, vemos uma solução possível para ultrapassar esse embate econômico através a adoção do Bitcoin, embora limitado em 21 milhões de moedas, criando uma escassez digital e exclusiva, ou seja, se a demanda aumentar, não há como aumentar seu fornecimento.

Fonte: Money Times

Assim, podemos notar que mesmo com o aumento da popularidade em diversos estabelecimentos e também entre os investidores, muitos economistas se mantêm céticos sobre o futuro do Bitcoin e alguns classificam até como uma euforia passageira. A chegada de novos investidores de peso, como a Tesla de Elon Musk, demonstra que a criptomoeda continuará em alta por um tempo, porém sabemos que por se tratar de um ativo descentralizado, o Bitcoin está suscetível a grandes flutuações, como está ocorrendo agora neste início de mês março que gradualmente podemos ver a redução lenta de seu valor. Então, é de suma importância que cabe ao investidor verificar as vantagens e os possíveis riscos nesse mercado, em que apesar de ter alguns anos, o Bitcoin ainda é visto como uma novidade com muitas possibilidades e temores para o futuro.

--

--