FII BB RENDA CORPORATIVA (BBRC11) — Fundo Imobiliário do segmento de tijolo

O Fundo Imobiliário BB Renda Corporativa é um fundo imobiliário que se configura como um fundo do tipo tijolo. Sua constituição se deu em dezembro de 2010, cujo foco são investimentos imobiliários de longo prazo por meio da aquisição e eventual adaptação de ativos para locação ao Banco do Brasil. O fundo busca rentabilidade por meio da valorização do valor patrimonial de suas cotas, bem como o lucro obtido a partir de aluguéis, não sendo objetivo direto e primordial obter ganhos de capital com a compra e venda dos Ativos Alvo.

As cotas do BB Renda Corporativa são negociadas pelo ticker BBRC11, no mercado da Bolsa de Valores do país, a B3 — Brasil, Bolsa, Balcão. O fundo é administrado pela VOTORANTIM ASSET MANAGEMENT DTVM Ltda. Até o momento desta análise, o fundo possui 1.590.000 cotas emitidas e um patrimônio líquido que gira em torno de R$ 159.000.000,00. Além disso, o fundo possui gestão passiva de renda, ou seja, busca atingir uma rentabilidade próxima ao seu Benchmark (índice de referência). O fundo cobra uma taxa de administração no valor de 0,60% ao ano dos investidores do fundo.

Por fim, o fundo busca distribuir 95% dos ganhos obtidos e apurados segundo seu regime de caixa. Assim, os rendimentos auferidos serão distribuídos aos cotistas e pagos mensalmente, sempre no 10º dia útil do mês subsequente ao do recebimento dos recursos.

Localização dos imóveis

O fundo possui um portfólio total de vinte ativos, distribuídos no Estado de São Paulo, totalizando mais de 15,318 mil m² de ABL (Área Bruta Locável) próprio.

Seu portfólio é composto, em grande parte, por agências premium, por 11 agências Estilo e por 9 agências normais. As agências premium, por sua vez, têm como foco o público da classe A (residentes das proximidades do imóvel que demandam atendimento personalizado e presencial). Os imóveis são novos e modernos, além de serem bem localizados.

Outra vantagem desse fundo é a possibilidade dos imóveis serem locados para terceiros, em caso de desinteresse do Banco do Brasil, conforme consta no regulamento. Já para alguns outros FIIs de bancos listados em nossa Bolsa, essa regra não se aplica. Ademais, os contratos são atípicos e possuem longo prazo de vencimento. Dessa forma, os contratos atípicos trazem maior previsibilidade e, normalmente, possuem duração de contrato maior, além da multa rescisória envolver mais meses de garantia. Isso ocorre devido ao foco de longo prazo do contrato, garantindo, assim, maior segurança para o investidor.

Pontos positivos

Apesar de não expressar valores tão atrativos de proventos aos seus cotistas, o BBRC11 apresenta um pagamento constante de dividendos tendo uma média de R$0,92.

Fonte: Funds Explorer

Ao analisar seu Dividend Yield, nota-se que o fundo possui um valor interessante, no qual, nos últimos 10 meses, ele foi capaz de manter um Yield de pelo menos 0,6% ao mês, chegando a pagar até 0,75% de Yield.

Fonte: Fiis.com.br

Outro ponto positivo que o fundo apresenta é em relação a vacância, termo usado para representar a porcentagem do empreendimento que se encontra desocupada, a qual é nula, mostrando que todos seus imóveis estão ocupados. Sendo assim mostra-se um ponto muito favorável para o Fundo.

Fonte: Relatório da empresa

Por fim, destaca-se o prazo médio dos contratos vigentes. Dessa forma, cerca de 80,9% da receita possui contratos com vencimento somente a partir de 2024, como mostra a imagem abaixo.

Pontos negativos

As aplicações realizadas no fundo não contam com a garantia do Administrador ou do Fundo Garantidor de Crédito, não cabendo ao administrador a responsabilidade por eventuais depreciações dos ativos que compõem a carteira do fundo.

Outro ponto negativo, que justifica a queda do ativo nos últimos dias, se deve à medida adotada pelo Banco do Brasil no dia 08/07/2020 em função da atual situação pandêmica provocada pelo Covid-19. Correram pela mídia uma série de publicações acerca da decisão do Banco do Brasil S.A. em devolver edifícios por ele alocados, devido à adesão ao trabalho remoto (home office) pela instituição. Tal medida será implementada em definitivo para parte dos funcionários, o que afeta diretamente o fundo, uma vez que todos seus ativos são alocados para o Banco do Brasil. Entretanto, o BB ainda não confirmou se irá desocupar os imóveis ou não, mas o clima de apreensão tomou conta dos cotistas, fato que fez com que o preço do fundo desabasse, como mostra o gráfico abaixo.

Fonte: Funds Explorer

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