Linguagens e Práticas Jornalísticas

Professores, projetos e grupos de pesquisa da linha 2 do PPGCCOM/UNISINOS

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Imagem: Christian Gonzatti

Este não é um texto acadêmico, ainda que tenha como eixo principal uma linha de pesquisa. A ideia é falar um pouco sobre a linha 2 do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos, reunindo informações diversas sobre professores, alunos, projetos e bibliografias, como registro dentro da publicação da linha aqui no Medium.

Começando então com a ementa, a linha 2:

Pesquisa os processos midiáticos e seus desdobramentos em produtos jornalísticos. Considera as rotinas produtivas, os contextos, as mensagens e a configuração de memórias na sociedade midiatizada. Contempla as formulações teóricas específicas do jornalismo articuladas em perspectiva multidisciplinar

Atualmente a linha é composta por três professores pesquisadores, que além das disciplinas que ministram no programa também atuam nas habilitações do curso de Comunicação Social da Unisinos.

Foto: arquivo pessoal

O professor doutor Ronaldo César Henn é um dos docentes da linha. Com doutorado em comunicação e semiótica pela PUC/SP, recentemente realizou pós-doutorado na Universidade de Nova Lisboa, em Portugal.

Coordenador do LIC — Laboratório de Investigação do Ciberacontecimento, atualmente Ronaldo investiga a produção de acontecimento nas redes sociais digitais com foco nas mobilizações de ocupação global, movimentos comportamentais e outras narratividades.

É autor de El Ciberacontecimiento : producción y semiosis (Barcelona: UOC ,2014), Os Fluxos da notícia (São Leopoldo: Unisinos, 2002) e Pauta e Notícia, uma abordagem semiótica (Canoas: Ulbra, 1996).

Projeto de pesquisa em andamento:

Produção de acontecimentos nas redes digitais: ciberacontecimento, gêneros e homofobia

Descrição: A presente proposta é um desdobramento da pesquisa A produção do acontecimento nas redes sociais: a emergência do ciberacontecimento. Trabalha-se com o pressuposto de que, parte dos acontecimentos que se transforma em acontecimentos jornalísticos na sociedade contemporânea, já contem a textura das redes sociais digitais. Na análise dos processos com essa envergadura, chegou-se a um conceito que se articula na revisão de teorias sobre o acontecimento, na perspectiva semiótica/sistêmica, que tem como foco as processualidades da produção de sentidos nos ambientes culturais, e nas questões trazidas pelo universo da cultural digital. O interesse agora recai sobre acontecimentos específicos, tramados no âmbito das redes sociais da internet e que acionam sentidos sobre construções de gêneros e sexualidades. Nesse contexto, pretende-se analisar casos envolvendo acontecimentos que contenham manifestações de homofobia confrontadas com reações articuladas em rede. Com isso, entre outras metas, objetiva-se testar a aplicabilidade do conceito de ciberacontecimento nos processos sócios/culturais em que boa parte de suas dinâmicas ainda habitam zonas de silenciamentos ou visibilidades enviesadas.

Contato: henn@unisinos.br

Foto: PosJor UFSC

A professora doutora Beatriz Marocco é doutora em Periodismo y Ciencias de La Comunicación pela Universitat Autònoma de Barcelona, com pós-doutorado na Université Stendhal — Grenoble III, GRENOBLE 3, na França.

Atua na área de Comunicação, com ênfase em Teoria e Ética do Jornalismo, principalmente nos seguintes temas: jornalismo, teorias do jornalismo, discurso jornalístico, crítica das práticas jornalísticas, livros de repórter, autorialidade, subjetividade, comunicação. É líder do GPJOR- Grupo de Pesquisa Estudos em Jornalismo, criado em 2004.

Beatriz é editora da revista científica Verso e Reverso, autora do livro “Prostitutas, jogadores, pobres e vagabundos no discurso jornalístico” (Editora Unisinos, 2004), co-organizadora do livro “A era glacial do jornalismo. Teorias Sociais da Imprensa”, 2 volumes (Sulina, 2006, 2008), organizadora do livro “Entrevista, na prática e na pesquisa” (Libretos, 2012).

Projeto de pesquisa em andamento:

Livros de repórter: uma hermenêutica jornalistica?

Descrição: Esta pesquisa está centrada nos livros escritos por repórteres. No espaço que ocupam interroga-se a constituição de uma hermenêutica do jornalismo. O conceito de ?comentário? (Foucault, 1996) permite o deslocamento do que ocorre através do tempo, na exegese jurídica, em textos religiosos, ou em infindáveis interpretações de um texto literário. Na extensão das mídias convencionais, o ?livro de repórter? não tem outro papel que não seja este, ou seja, o de dizer o que estava articulado, silenciosamente, ao texto primeiro. A formalização deste conceito, objetivo central do projeto, está baseada na seleção e no exame minucioso destes livros, na definição de suas fronteiras em relação a outros objetos jornalísticos, no estudo de seu papel, de suas características e seus efeitos, esses revelados em pesquisa anterior (Marocco, 2012) no âmbito de uma propedêutica jornalística.

Contato: bmarocco@unisinos.br

Foto: arquivo pessoal

A professora doutora Maria Clara Aquino Bittencourt possui doutorado em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e pós-doutorado em Ciências da Comunicação pela Unisinos.

Atua na área de Cibercultura, com ênfase nos seguintes temas: convergência midiática, espalhamento de informações, movimentos e mobilizações sociais em rede, hipertexto e jornalismo digital. É membro dos Grupos de Pesquisa Estudos em Jornalismo (GPJor) e Laboratório de Investigação do Ciberacontecimento (LIC), na Unisinos e da comissão editorial da Revista Verso e Reverso.

Projeto de pesquisa em andamento:

Jornalismo e Midiatização do Ativismo: produção e circulação de conteúdos por coletivos midiáticos em contexto de movimentos em rede e impactos na narrativa jornalística digital

Descrição: O projeto dá continuidade à pesquisa de pós-doutorado sobre transformações, elementos e continuidades do jornalismo digital num cenário em que interesses de movimentos sociais, cidadãos, ativistas e jornalistas estimulam apropriações que interferem no jornalismo. Opta-se pelo foco nos processos de produção e circulação de narrativas construídas no contexto de movimentos em rede por coletivos midiáticos independentes, sem ignorar a atuação de veículos de massa que publicam conteúdo online. Utiliza-se o conceito de midiatização para pensar o entrelaçamento entre as noções de convergência midiática (AQUINO BITTENCOURT, 2012) e mídia de espalhamento (JENKINS, FORD E GREEN, 2013). Apropriações midiáticas por cidadãos, ativistas e movimentos, e pela própria mídia de massa, ampliam a reflexão sobre a midiatização do ativismo e dos processos de produção e circulação de narrativas sobre os protestos.Esse processo reflexivo partirá de um mapeamento dos coletivos e das ferramentas de comunicação digital que utilizam, para que se possa observar formatos, características, elementos e dinâmicas nos processos de produção e circulação das narrativas. Métodos de observação dos processos e de entrevista com os produtores dos conteúdos serão empregados, além da possibilidade de questionários com os consumidores dos conteúdos, caso seja necessário para avaliar o processo de circulação. Análises comparativas com veículos de comunicação de massa serão realizadas com o objetivo de identificar os impactos das atividades dos coletivos na narrativa jornalística digital. Serão realizadas também rodadas de pesquisa documental para contextualizar os acontecimentos escolhidos como casos a serem analisados para atingir os objetivos da pesquisa.

Contato: jaquino@unisinos.br

Aqui é possível acessar as teses e dissertações defendidas na linha 2.

Qualquer dúvida é só entrar em contato pelo e-mail poscom@unisinos.br

PS: este texto será atualizado de acordo com as atividades da linha e andamento dos projetos dos professores.

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Maria Clara Aquino
Linguagens e Práticas Jornalísticas

Maria Clara Aquino. Doutora em Comunicação e Informação. Pesquisadora e professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Unisinos