Gestão de contratos está se mostrando mais difícil para Compras

Equipe Linte
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3 min readApr 13, 2020

Por Tim Cummins, Presidente da IACCM (International Association for Contract & Commercial Management)

Foto: Brandi Redd no Unsplash. Edited by Leonardo Ohnuma.

O nível de investimento em tecnologia de Procurement ultrapassou muito os gastos com a gestão dos contratos dos clientes — mas a pandemia de coronavírus está revelando algumas fraquezas.

Uma pesquisa com 500 empresas, com faturamento entre 100 milhões e mais de 40 bilhões de dólares, revela que as áreas de compras têm enfrentado maiores dificuldades do que os seus colegas de vendas em vários pontos:

  • encontrar os contratos ativos (22% contra 16% dizem que está muito difícil);
  • busca de cláusulas ou termos específicos (32% contra 17%);
  • avaliação e comunicação do risco (35% contra 23%).

Esta situação está levando muitos a reavaliarem a tecnologia atual e “se movimentarem” para resolver os pontos fracos identificados. Para alguns, trata-se simplesmente de uma nova determinação para garantir a adoção em toda a empresa, mas para mais de 30% implica na aquisição de novas funcionalidades nos próximos seis meses.

Substituir ou aumentar?

A pesquisa mostra que pouquíssimas organizações planejam substituir os sistemas que já usam — o que querem é customizar e melhorar o que eles já têm. No entanto, há também um entendimento de que isto pode ser difícil de conseguir através do seu sistema atual. Por exemplo, a necessidade de análises avançadas, de ferramentas de colaboração e de uma maior visibilidade da cadeia de fornecimento não será muitas vezes satisfeita por um sistema tradicional.

Para aqueles que não dispõem de automação em grande escala, a pandemia veio reforçar os argumentos comerciais a favor do investimento — embora seja interessante notar que aqueles que usam sistemas têm mais probabilidades de ver os seus softwares como “necessários para o negócio” do que aqueles que não os possuem (35% contra 21%).

É animador verificar que não há pressa imediata na sua implementação — aqueles que não dispõem de automação compreendem que isso traria benefícios, mas também parecem conscientes da necessidade de uma preparação cuidadosa. Assim, o compromisso imediato é centralizado na melhor definição ou promoção da coerência interempresarial dos processos, no desenvolvimento ou atualização de normas e na criação de bases de dados. Sem estas medidas, muitos entendem que a implementação da solução irá falhar.

Será que a tecnologia tem valido a pena?

O cenário é mais confuso do que se esperava. Em parte, a resposta depende se as empresas têm a tecnologia certa. Por exemplo, um repositório de acordos assinados é útil, mas se não tiver um mecanismo de busca robusto e não tiver suporte em análise de risco, terá oferecido pouca ajuda para lidar com a crise atual.

Em geral, as porcentagens dos que relatam extrema dificuldade ou extrema facilidade no tratamento de questões e avaliações de contratos mostram que aqueles com tecnologia beneficiaram, mas apenas com uma margem líquida de cerca de 12%. É interessante notar — mais uma vez contrariamente às expectativas — que o tamanho da empresa fez pouca diferença para estas conclusões.

É a segmentação do setor que revela as variações mais significativas. É evidente que as diferentes indústrias estão experimentando níveis e formas de impacto diferentes. O relatório da pesquisa aprofundará estes detalhes.

A pesquisa da IACCM foi realizada no período de 1 a 6 de Abril e coletou dados de 507 empresas. O relatório completo será publicado na semana de 14 de Abril.

Original em Inglês disponível aqui.

Nota. A Linte é um software de CLM (Contract Lifecycle Management) que permite a automação de todo o ciclo de vida do contrato, desde sua criação, fluxos de aprovações e assinatura, até a gestão posterior, com fácil busca dos documentos, por termos específicos e cláusulas; alertas de vencimentos e; geração de relatórios para as áreas de risco do negócio.

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