Giethoorn: um dia na Veneza Holandesa
Toda recortada por canais rodeados de casas típicas de telhado de palha, interligada por pontes de madeira, abastecida de restaurantes, cafés fofos e muito muito verde. Giethoorn é uma daquelas cidadezinhas que rendem dezenas de fotos lindas e a sensação de estar em uma lugar de conto de fadas. Não é à toa que no site oficial da cidade lê-se:
"Welcome to the Dutch green Venice — the city with no road"
(Bem-vindo à Veneza verde holandesa — a cidade sem estrada)
Você pode até ir pra lá de carro (a apenas 1h30 de Amsterdam), mas a circulação de automóveis na cidade é proibida e o principal meio de transporte são os barcos. A sugestão, então, é ir de trem até a estação Steenwijk e, de lá, pegar o ônibus 70 ou 71 até a parada Hylkemaweg. Ou, se você se empolgar, pode ir de bike e fazer o percurso de uns 20 minutos de Steenwijk até Giethoorn. Você pode levar a bike no trem, pagando uma taxa extra (a não ser que seja dobrável) ou alugar uma por lá.
Logo que atravessar a rodovia, ao descer no ponto de ônibus, você vai encontrar um restaurante de pratos típicos com sabor de temperinho de vó, o Zwaantje Restaurant Rondvaartbedrijf ("The Little Swan"; ou "O pequeno cisne", em português). O prato mais popular deles é o "Uut Bertha's kleinen Topf", com batata, ervilha, cenoura, cebola e bacon (que você pode substituir por cogumelos), simplesmente uma delícia! Lá, você pode também alugar um barco ou bike, mas eu super recomendo ir a pé até o Binnenpead, o canal principal, onde você vai encontrar mais cafés, restaurantes delícias, sorveterias, museus, lojinhas de suvenir, além de pousadas e B&Bs.
Principais vias de transporte, os canais podem virar pista de patinação com a água congelada, principalmente na área de “West Overijssel”. São uns 6,5km de canais e quase 200 pontes. A maioria dos canais é consequência das escavações dos exploradores de turfa, que aconteceu até 1920. Diz a lenda que a vila de Giethoorn foi fundada mais ou menos em 1200 por um grupo de fugitivos provenientes da região perto do Mar Mediterrâneo (alguns afirmam que faziam parte da seita dos flagelantes, que fugiram da perseguição religiosa e se refugiaram nesta área de difícil acesso). Ao escavarem o terreno, encontraram uma grande quantidade de chifres de cabras selvagens ("chifre de cabra" é a tradução literal do nome do lugar), que teriam morrido afogadas na inundação de 1170.
Um dia, bate-volta, é suficiente para conhecer o lugar a pé e fazer um passeio de barco, mas a cidade oferece opções de hospedagem, incluindo camping e Airbnb, se você se empolgar com a tranquilidade do lugar e quiser curtir um pouco mais. Você pode encontrar mais dicas de hospedagem no site oficial da cidade (em inglês). Tem dicas boas também no site do Little Swan (em inglês). Mais sobre Giethoorn no site oficial de Turismo na Holanda (em português).
