Will we always have Paris?
Paris sempre foi uma cidade avant-garde que servia de exemplo e ditava as tendências. Mais, Paris sempre assumiu como propósito ser a cidade mais bonita do mundo.
Dois anos depois, é hora de revisitar Paris.
Num mundo onde os avanços ocorrem mais rápido que nunca, dois anos é o tempo ideal para responder à questão se Paris está no caminho certo para manter o seu status quo.
No papel, Anne Hidalgo assina promessas de mobilidade sustentável, rede de ciclovias, sistema de bicicletas partilhadas e limites aos automóveis. Mas, tal como vimos quando Lisboa foi a Capital Verde Europeia 2020, promessas e não chegam.
Sem mais demoras, o que mudou Paris em 2 anos.
Infraestrutura ciclável
Não sao apenas os dados que dizem, percebe-se caminhando por Paris, que as ciclovias são cada vez mais, mais segregadas e seguras.
Biclicletas
Infraestrutura chama utilizadores (e não o inverso!). Em apenas dois anos a mudança é óbvia e em cada rua abundam as bicicletas. Devido à recente proíbição das empresas comerciais de trotinetes, a bicicleta assume-se como totalitarista nas ciclovias.
Mobilidade partilhada
Enquanto Lisboa “caminha” para as 1000 bicicletas Gira, Paris conta com 20.000 Vélibs. Em dois anos, as docas nasceram que nem pãezinhos quentes, e cada doca alberga um inifinito de bicicletas, solidificando a estrutura. Já no tarifário, em vez de um tarifário simples como a Gira, Paris opta por tarifários confusos e indecifráveis.
Carros
Paris assumiu o estatuto de carrus non gratus, com limites de 30 km/h em (quase) toda a cidade e triplicando o valor do estacionamento dos SUV. Na prática, sente-se um tráfego automóvel lento, distinto do que vi há dois anos.
Civismo
Já Walt Disney o demonstrou em 1950, que as pessoas transformam-se atrás do volante. Em Portugal isso é claro, bem traduzido por amigos estrangeiros que dizem “os Portugueses são o povo mais amigo… exceto atrás do volante”. Aqui os Parisienses, talvez fruto das medidas de acalmia do tráfego, estão mais calmos, mais cívicos, com menos abusos, buzinadelas e faltas de respeito. Bravo!
TLDR; Oui, we will always have Paris!