Quem somos

Filipe Schulz dos Santos
Literatura e Redenção
5 min readOct 31, 2017

Norma Braga Venâncio é apaixonada por literatura. Cresceu lendo Monteiro Lobato, converteu-se lendo George Orwell e Nelson Rodrigues, e segue lendo Proust, Fitzgerald, Dostoievsky, Thomas Mann, Flannery O’Connor, C.S. Lewis e muitos outros. É girardiana de carteirinha e autora de A mente de Cristo, publicado pela Vida Nova. Compreende o mundo através da tríade Criação, Queda e Redenção e do princípio reformado Distincio sed non Separatio. Acredita que, quando orava ao Pai, Jesus era o melhor poeta do mundo. De vez em quando escreve em seu blog normabraga.blogspot.com.

Emilio Garofalo Neto é uma fraude. Muita gente acha que ele lê muito. Ele também achava, mas não. Cada vez mais ele descobre amigos que leem tremendamente mais. E isso o anima a ler. Ficção é de seus ambientes favoritos. O habitar mundos imaginários o transforma; sejam aqueles gigantescamente diferentes do nosso, sejam aqueles quase iguais. Ficção faz dele um humano melhor. Ele aprende a ser homem de dores e maravilhas alheias. Essas coisas entram em seus ossos, tornam-se dele e o fazem crescer. Ele é uma fraude pois ainda não é o que será. Mas seu redentor segue trabalhando nele. Inclusive fazendo-o habitar em florestas mágicas.

Em Nárnia e na Terra-Média, Cauê Oliveira descobriu seu amor pela literatura. Amante de distopias, viu nos mundos de Orwell, Ayn Rand, Vonnegut, Burgess, Bradbury e Huxley traços que expandiram seu próprio mundo. Culpado como Macbeth, agraciado como Edmundo! Como Peregrino, segue “esperando e tendo esperança” naquele que reina sobre Almahumana!

Fernando Pasquini Santos é professor de engenharia e… espera aí. O que ele está fazendo aqui, em um site sobre literatura? Vai saber… ele também nem sabe como acabou engenheiro! O que sabe é que, entre números e palavras, equações e versos, aprouve ao seu Criador pedir-lhe para fazer algo com isso. Ele também já se meteu com música, desenho e pintura, e se sente apenas arranhando a superfície de tudo isso. Mas o que fazer, se dentre as músicas, ele prefere as visuais, dentre as imagens, as literárias, e dentre as narrativas, os mistérios da natureza e da engenhosidade humana?

André Venâncio é um desses sujeitos que entendem um pouco de muitas coisas e muito de nenhuma. Mesmo nas ciências exatas, sua área de formação, nunca conseguiu decidir se é físico ou engenheiro. Também gosta de filosofia da ciência, religiões comparadas, história das ideias, política, teologia, apologética e muito mais. Tem pelo universo literário uma paixão antiga que nunca parou de crescer, em especial desde que se casou com uma doutora em literatura francesa. Ambas, literatura e esposa, enchem sua vida de beleza e fazem dele um melhor intérprete do mundo. São alguns dos modos pelos quais Jesus o resgata diariamente de seu ascetismo racionalista.

Muito do que o Filipe Schulz aprendeu sobre a vida foi com autores de ficção. David Mitchell o ensinou a desvendar a única história por trás de todas as outras; Karl Ove Kansugård, a lidar com a mistura bem aleatória de felicidade e miséria que esta vida pode ser; Tolkien, que o bem sempre vencerá — e tudo isso sempre o ajudou a enxergar, enfrentar e viver o que David Foster Wallace, o preferido deles, imprimiu em sua mente e coração: a Verdade um dia o libertará, mas não antes de acabar com ele. Sua esperança é usar o que aprendeu com esses autores para falar um pouco sobre o Autor que também é a própria Verdade e a própria Vida.

Leonardo é um sujeito que, um tanto tardiamente, descobriu na literatura uma janela para o mundo. Debruçado nela, gosta de admirar o palco da criação e seus personagens, esse espantoso misto de maravilha e miséria. Míope de nascença, tem plena consciência de que, sem os óculos adequados, a paisagem percebida e seus matizes estão completamente comprometidos. Foi agraciado pelo seu Pai com um par de lentes cuja armação enquadra a própria janela da literatura e todas as outras. E, como um narniano convicto, procura sempre não se esquecer dos sinais que seu Pai lhe deu, especialmente o de pôr os óculos toda vez que precisar obter uma visão correta das coisas. É-lhe eternamente grato por isso.

Como as boas crônicas revelam um olhar especial sobre a vida, Allen Porto gostaria de caminhar em riqueza de observação e imaginação. Luta para isso brincando com as artes: gosta de fotografar, ler crônicas e contos, observar um pouco de pinturas — sem ter a menor expertise no assunto — e mergulhar no oceano musical, seja para ouvir, ou tocar um violão. Já virou piada entre seus amigos por falar de “beleza e significado”, mas é exatamente para essa relação indissociável que desperta a cada dia. Sua imaginação hoje é alimentada por carros sorridentes, ovelhas falantes e outros seres que encontra enquanto lê ou conta uma estória a seu filho.

Empatia é uma palavra fácil de explicar e difícil de exercer. Como crescer em tal qualidade? Ana Paula Nunes pensa que empatia é uma das chaves para o relacionamento humano. Inclusive, ela sabe que seu redentor é um sacerdote capaz de entender nossas dores e lutas. Ela tem experimentado que, por meio da ficção, ela é capaz de entender melhor como outros sentem, choram, riem e se iram. Gente (fictícia) que nasceu e viveu em contextos tão diferentes do dela, seja no Alabama dos anos 30, em Nova Iorque nos anos 20, na Terra-Média ou o que for, mas que sente e vive debaixo do mesmo sol, com anseios parecidos, com sonhos quebrados e a luta por discernir o coração. Lendo sobre outros, ela se enxerga melhor.

Débora Oliveira é uma procrastinadora em tratamento que foi encontrada pela literatura desde criança. De lá para cá ela mantém uma relação visceral afetiva com as artes ao ponto de sentir borboletas no estômago. A sua vida nunca mais foi a mesma quando Aslan retirou a névoa que a impedia de enxergar o mundo ficcional sob a ótica da criação, queda e redenção. Desde então ela nunca mais teve endereço fixo: cada dia mora num livro diferente.

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Filipe Schulz dos Santos
Literatura e Redenção

Isto é água e talvez esses esquimós sejam bem mais do que aparentam.