Beatriz Misaki
Restos de Amor
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2 min readJul 28, 2023

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Não entendo macacos voadores

Não sei porque alguém se presta a fazer um trabalho sujo para prejudicar alguém. E isso sem ganhar um real sequer.

Talvez, iludido por algum momentâneo senso de pertencimento ou significado, mas nada que, eu acho, não pudesse ser buscado sozinho.

Não, não faz sentido.

Imagem da desiclopédia

Eu ousaria dizer que a história do Mágico de Oz tem um erro na construção de personagens ao colocar essas criaturinhas que se dispõem a fazer maldades contra Dorathy simplesmente por uma devoção cega a alguém, mas eu vi uma pessoa real fazendo exatamente o mesmo.

E eu fiquei confusa.

A bruxa má do oeste poderia se beneficiar das atrocidades se conseguisse seu objetivo: os sapatos mágicos. Mas os macacos voadores? Não teriam absolutamente benefício nenhum.

Fica ainda mais estranho quando falamos de pessoas reais.

Faz sentido até o narcisista querer atacar seu alvo para manter controle, pra poupar o seu tão frágil ego. Mas por qual motivo alguém se dispõe a ajudar nesse ataque?

O que é que essa pessoa tem a ganhar?

Será que senso de ser útil? Mas ser útil em uma maldade é realmente algo desejável? Desse jeito?

Isso é desespero em ajudar alguém? Um desespero tão grande e tão profundo que leva a deixar de lado qualquer senso de moralidade ou bom senso? Um desespero tão grande que leva a contribuir em planos nitidamente cruéis?

Eu acho esquisito.

Eu juro que eu não entendo.

Eu fico confusa.

Mas tenho pensado muito. Tentando desvendar o mistério.

E cheguei a conclusão de que eu não preciso entender o que se passa. Eu preciso tirar da minha vida todo aquele que se propõe a esse papel. Ainda que, de vez em quando, eu imagine que a intenção seja boa.

Sei que imagino demais e, muitas vezes, me esqueço dos fatos.

Ajudou a me atingir, deliberadamente. Usou de um espaço que não foi disposto pra isso. Uma suposta amizade que existia por ali, não foi?

E, efetivamente, poderia ter me causado um dano gigantesco, se eu não tivesse me fortalecido horrores nesses últimos meses.

Por que ter alguém assim por perto? Por que permitir que alguém assim me acesse? Eu não vou. Eu não quero.

Foda-se se imaginei que podia ser algo pensado para o bem. Que bom que eu ainda me mantenho otismista a ponto de pensar coisas boas de gente assim. Mas isso é êxito meu, não de quem ajuda em tentar me atingir.

Posso não entender um macaco voador. Mas pouco importa. Não vai ficar. Não tem espaço.

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Beatriz Misaki
Restos de Amor

Escrevo sobre amor, literatura e música. IG @biamisaki