Uma breve conversa sobre o trabalho de campo

BIEV UFRGS
Livro do Etnógrafo
2 min readFeb 8, 2018

Em um encontro “casual” com o filho de um dos interlocutores da pesquisa, conversamos sobre seu pai e alguns rumos do trabalho de campo. Este fragmento de texto traz algumas das anotações feitas neste dia, 27 de maio de 2009, e que vem à tona no diário da saída de campo realizada posteriormente.

Fundo de Origem: BIEV/NUPECS/LAS/PPGAS
Fonte: Coleção do Projeto BIEV: A criação de um museu virtual da cidade — FAPERGS/CNPq (ALCR)
Autor: Stéphanie Ferreira Bexiga (Bolsista PIBIC/CNPq)
Local: Porto Alegre/RS
Data: 07/06/09

Encontrei, num outro dia, o filho de Dennis, meu amigo Daniel, para lhe perguntar sobre seu pai e avisar que eu ia ligar pra ele uma hora dessas. Nessa breve conversa, Daniel me fala que sua tia (irmã de Dennis) vai adorar conversar comigo, que ela é uma pessoa que guarda muita coisa: “no dia do casamento, lembra? (o mesmo dia em que conheci dona Neusa), eu dei carona pra ela e ela tava reclamando que a gente (ele e seu irmão) não dá bola pra história da família, mas que um dia a gente vai dar”. “Ela tem fotos da família, ih, muita coisa…”. E quando lhe conto que havia uma pedreira aqui na Tristeza, ele diz: “mas lá onde eu moro também tinha, eu me lembro, acho que já tava desativada, mas eu lembro (…) meu avô, por parte de mãe, era cortador de pedra, tanto é que ele morreu de câncer no pulmão (…)”.

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